SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O anúncio da morte na prisão de Alexei Navalni gerou uma onda de repercussões, previsivelmente intensa entre os que, assim como ativista, são críticos do governo de Vladimir Putin na Rússia.
Uma das mais fortes reações veio do jornalista Dmitri Muratov, que ganhou o Prêmio Nobel da Paz de 2021 pelo seu trabalho à frente do jornal independente Novaia Gazeta, que acabou fechado na Rússia após a implementação de leis repressivas acerca do noticiário da Guerra da Ucrânia.
À agência Reuters, Muratov disse que Navalni foi "assassinado" devido às condições precárias de seu encarceramento. Outro famoso opositor de Putin, o empresário Mikhail Khodorkovski, disse do exílio que o presidente é o "responsável" pela morte. O jornalista foi classificado como "agente estrangeiro" pelo governo no ano passado, o que limita suas condições de trabalho.
O presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, que não morria de amores por Navalni dadas as posições anteriores do ativista sobre a soberania russa na Crimeia anexada, disse que "é óbvio que ele foi assassinado por Putin".
Na Casa Branca, o assessor de Segurança Nacional, Jake Sullivan, disse que os EUA buscariam saber o que aconteceu com Navalni. O premiê britânico, Rishi Sunak, chamou o anúncio de "notícia terrível".
A chanceler frances, Stéphane Sejourne, escrveu no X que "Navalni pagou com sua vida pela resistência a um sistema de opressão" e que "sua morte nos lembra da realidade do regime de Valdimir Putin". Seu colega sueco, Tobias Billström, escreveu que "a brutalidade contra Navalni nos mostra de novo por que é necessário continuar lugar contra o autoritarismo".
O secretário-geral da Otan (aliança militar do Ocidente), o norueguês Jens Stoltenberg, disse que estava "profundamente entristecido e perturbado" pela morte. "Temos de estabelecer todos os fatos, e a Rússia tem de responder a todas as sérias questões acerca das circunstâncias de sua morte", afirmou.
Créditos: Portal R7.