Dos cinco casos de mpox confirmados no RS em 2024, um deles foi registrado em Gravataí, na região metropolitana.
Os outros infectados foram três moradores de Porto Alegre e um de Passo Fundo, informou, nesta segunda-feira (19), a Secretaria Estadual da Saúde (SES), destacando que dois casos foram em fevereiro e dois em agosto. Apesar dos casos, o Estado não registrou mortes pela doença.
Sobre o caso de Gravataí, a prefeitura emitiu nota de esclarecimento na tarde do domingo (18) descrevendo que “o primeiro caso de mpox em Gravataí, divulgado nos sites locais hoje, refere-se a um caso notificado ao Ministério da Saúde (MS) em janeiro de 2024.” Ou seja, antes da declaração de emergência pública em relação à nova variante na África.
O paciente, segundo a prefeitura, “foi acompanhado e orientado durante o curso da doença e encontra-se recuperado do agravo.”
A nota ainda destaca que, neste momento, não não há nenhum caso ativo da doença no município e que a Vigilância em Saúde (Viemsa) “está atenta à declaração de emergência global que foi decretada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) na última semana.”
Em relação a isso, a secretaria de saúde da cidade explica que, de acordo com o Ministério da Saúde, “a instalação de um centro de operações específico para mpox, no País, se dará de forma preventiva, para que seja reforçada a vigilância de casos suspeitos, visto que a doença encontra-se em sinal de estabilidade e controle no País.”
Quais os principais sintomas da mpox?
Erupção cutânea (lesões, bolhas, crostas) em diferentes formas. Podem afetar todo o corpo, incluindo rosto, palmas e plantas e órgãos genitais.
Outros sintomas frequentes:
Febre;
Dor de cabeça inchaço dos gânglios linfáticos;
Dor nas costas;
Dores musculares;
Falta de energia.
Todas as pessoas que forem expostas ao vírus podem se infectar e desenvolver a doença, independentemente de idade, sexo ou outras características.
Como a mpox é transmitida?
A mpox é transmitida principalmente por meio de contato direto ou indireto com gotículas respiratórias (saliva, muco nasal), mas principalmente através do contato com lesões de pele de pessoas com monkeypox ou com objetos e superfícies contaminadas. O período de transmissão da doença se encerra quando as crostas das lesões desaparecem.
Como prevenir a mpox?
Fazendo o uso de máscaras e higienizando as mãos.
O que fazer se você sentir os sintomas?
Procure a Unidade Básica de Saúde mais próxima para atendimento.
Existe tratamento para mpox?
Os sintomas da doença, muitas vezes, desaparecem por conta própria, sem a necessidade de tratamento. É importante cuidar da pele que apresenta erupções, deixando-as secar ou, se possível, cobrindo-as com um curativo úmido para proteger a área.
Evite tocar em qualquer ferida na boca ou nos olhos. Pode-se utilizar enxaguantes bucais e colírios, desde que se evitem produtos com cortisona.
O profissional de saúde pode recomendar o uso de imunoglobulina vaccinia (VIG) para casos graves. Um antiviral desenvolvido para tratar a varíola humana, o tecovirimat, comercializado como TPOXX, também foi aprovado para o tratamento da mpox.
Tem vacina contra a mpox?
Anos de estudo levaram ao desenvolvimento de doses atualizadas e mais seguras para a varíola humana. Três delas (MVA-BN, LC16 e OrthopoxVac) também foram aprovadas para a prevenção da mpox. De acordo com a OMS, apenas pessoas que estão em risco (como alguém que teve contato próximo com um paciente) ou que integram algum grupo de alto risco para exposição ao vírus devem ser consideradas para a vacinação.
A imunização em massa contra a mpox, neste momento, não é recomendada.
Para a maioria das pessoas em risco, as vacinas disponíveis oferecem proteção contra a infecção e quadros graves. Depois de receber a dose, entretanto, a orientação é continuar a tomar os devidos cuidados para evitar contrair e espalhar o vírus, já que a imunidade somente se instala algumas semanas após a vacinação.
A OMS alerta que, desde que a varíola humana foi erradicada, em 1980, a maioria das doses contra a doença e que também combatem a mpox não está amplamente disponível e não há certeza de quando haverá estoque para o público prioritário. Em alguns países, as vacinas podem estar disponíveis em quantidades limitadas e para uso conforme orientações nacionais.
O Ministério da Saúde do Brasil informou que negocia a aquisição emergencial de 25 mil doses de vacina contra a mpox.
Alguns estudos demostraram que pessoas vacinadas contra a varíola humana no passado podem ter alguma proteção contra a mpox. Elas podem precisar, entretanto, de uma dose de reforço.