O grupo ucraniano, Kalush Orchestra, venceu no sábado, 14, o Festival Eurovision da Canção 2022 – maior concurso de música ao vivo do mundo – com a música “Stefania”, um rap com toques folclóricos. A canção, uma homenagem à mão do líder da equipe, já tinha sido apontada como a favorita no concurso, que tem um sistema de pontuação que mistura os critérios dos jurados profissionais dos países participantes com o voto do público, que já tinha mostrado um forte apoio a equipe em meio à invasão russa à Ucrânia.
Durante a comemoração, os artistas aproveitaram o comento para pedir ajudar ao país que está prestes a entrar no terceiro mês de guerra conta a Rússia. “Por favor, ajudem a Ucrânia e Mariupol! Ajude Azovstal agora!”, pediram. “A vitória é muito importante para a Ucrânia, especialmente este ano. Obrigado de todo coração. Glória à Ucrânia”, declarou Oleh Psiuk, líder da banda, aos jornalistas depois do concurso. Essa é a terceira vitória da Ucrânia na competição, cujos organizadores, a União Europeia de Radiodifusão, excluíram a Rússia desta edição um dia depois do início das ofensivas.
A conquista não foi celebrada só pelo Kalush Orchestra, os ucranianos, soldados que estão em campo de batalha, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e o próprio presidente, Volodymyr Zelensky, também comemoraram. “Nossa coragem impressiona o mundo, nossa música conquista a Europa!”, escreveu o chefe de Estado no Facebook depois de saber dos resultados. “É um pequeno raio de felicidade. É muito importante para nós”, disse Iryna Vorobey, uma empresária de 35 anos, ao acrescentar que o apoio da Europa foi “incrível”. “Gostaria de parabenizar a Ucrânia por ter vencido o Eurovision e isso não é algo que estou fazendo de forma leviana, porque nós vimos ontem o imenso apoio do público” disse o secretário-geral adjunto da Otan, Mircea Geoana, em Berlim neste domingo. Segundo as regras do Eurovision, a próxima edição do concurso deveria acontecer na Ucrânia. Nesse sentido, Zelensky manifestou seu desejo de que o evento seja realizado na “livre, pacífica e reconstruída” Mariupol, em 2023.