O fim de semana foi positivo para a Ucrânia. O país de Volodymyr Zelensky conseguiu recuperar parte do território invadido pelos russos na região leste. Entretanto, os ataques voltaram a acontecer e a situação ficou mais grave nesta segunda-feira, 6, para o exército ucraniano em Severodonetsk. “Os combates são intensos. Nossos defensores conseguiram contra-atacar e libertar metade da cidade, mas a situação se agravou para nós”, declarou Sergii Gaidai, governador da região de Luhansk. “Os russos destroem tudo com sua tática habitual de terra arrasada, para que não reste mais nada por defender”, acrescentou.
Para Moscou, conquistar Severodonetsk seria uma alavanca para assumir completamente a bacia de mineração de Donbass. Contudo, a resistência ucraniana “provavelmente continuará captando a atenção das forças russas na região de Luhansk e provocará vulnerabilidades nos esforços defensivos na região de Kharkiv (nordeste) e ao longo do eixo meridional”, analisou no domingo o Instituto dos Estados da Guerra (ISW) dos Estados Unidos.
No final de semana, Volodymyr Zelensky visitou soldados da linha de frente no Donbass. “Todos vocês merecem é a vitória, e isso é o mais importante, mas não a qualquer custo”, afirmou durante sua passagem por Lysychansk, cidade que é alvo dos russos e um dos últimos redutos de resistência de ucraniana na província de Luhansk, de maioria étnica russa. O chefe de Estado da Ucrânia também passou por Zaporizhzhya durante sua passagem no leste do país
No domingo, 5, as tropas russas voltaram a atacar Kiev, a capital da Ucrânia, e parte dos armamentos militares enviados por outros países para que os ucranianos possam se defender, foram destruídos, informou os russos. “Mísseis de alta precisão e longo alcance disparados pelas forças aeroespaciais russas sobre o subúrbio de Kiev destruíram tanques T-72 entregues por países do Leste Europeu e outros blindados que estavam em hangares”, disse o porta-voz do ministério da Defesa russo, Igor Konashenkov. Vladimir Putin também ameaçou quem ajudar a Ucrânia e disse que se o fornecimento continuar, sua tropa vai tirar “as conclusões apropriadas e usaremos nossas armas (…) para atacar alvos que não atingimos até agora”. Após este anúncio, o Reino Unidos anunciou que fornecerá para a Ucrânia lança-foguetes de longo alcance (80 quilômetros).
*Com informações da Reuters e AFP