A Marcha do Orgulho LGBTQIA+ deste domingo, 26, em Istambul foi vista como em outros anos violentamente perturbada pela polícia turca, que prendeu cerca de 200 pessoas, incluindo um fotógrafo, segundo ONGs. Mesmo antes do início da manifestação, a polícia antidistúrbios invadiu vários bares do bairro Cihangir, ao redor da Praça Taksim, prendendo “aleatoriamente” pessoas, incluindo jornalistas e ativistas LGBTQIA+. De acordo com a contagem feita pelos organizadores da marcha, cerca de 200 pessoas foram presas. Ao cair da noite, elas começaram a ser soltas.
A ONG Kaos GL, que milita pela proteção das pessoas LGTBQIA+, havia indicado mais cedo, no Twitter, que mais de 150 participantes da marcha foram presos em Istambul. A Anistia Internacional pediu a “libertação incondicional imediata” dos detidos. A Marcha do Orgulho LGBTQIA+ foi oficialmente proibida pelo governador da cidade, Ali Yerlikaya, mas centenas de manifestantes com bandeiras de arco-íris começaram a se reunir nas ruas adjacentes à famosa Praça Taksim, completamente fechada ao público. Aos gritos de “O futuro é ‘queer'”, “Você nunca estará sozinho” ou “Aqui estamos, somos ‘queer’, não iremos a lugar nenhum”, os manifestantes desfilaram por pouco mais de uma hora pelas ruas do bairro Cihangir. Muitos moradores deram sinais de apoio das janelas. Os detidos foram transferidos em dois ônibus da polícia para a principal delegacia da cidade.
*Com informações da AFP