Pelo menos 49 detentos morreram e 30 ficaram feridos após uma tentativa frustrada de fuga em uma prisão de Tuluá, município no sudoeste da Colômbia, na madrugada desta terça-feira, 28, segundo um porta-voz do Instituto Nacional Penitenciário e Carcerário (Inpec). “Infelizmente há uma rebelião no pavilhão número oito da prisão de Tuluá, onde há 1.267 presos, com um lamentável resultado de 49 mortes”, disse o oficial à La W Radio. Segundo o general Tito Castellanos, diretor do Inpec, os internos morreram em um incêndio causado por eles mesmos. Há mais 30 pessoas “feridas e afetadas pela conflagração e pela fumaça”, acrescentou o general, sem fornecer um relatório sobre prisioneiros fugitivos. A tragédia ocorreu em um pavilhão do presídio municipal quando os presos, aparentemente amotinados, queriam fugir, disse Castellanos.
O caso está sendo avaliado pelas autoridades. De acordo com o relatório oficial, as autoridades trabalham com várias hipóteses, desde uma “tentativa de fuga” até distúrbios provocados “para encobrir alguma situação”. No local exato afetado pelas chamas havia 180 detentos, que colocaram fogo em colchonetes para impedir a entrada da polícia no pavilhão. Os agentes tentaram controlar o incêndio com extintores e conseguiram retirar dezenas de presos com vida. O presidente Iván Duque citou o ocorrido no Twitter, sem mencionar números. “Lamentamos os acontecimentos ocorridos no presídio de Tuluá”, escreveu. “Dei instruções para realizar investigações para esclarecer essa terrível situação. Minha solidariedade às famílias das vítimas”, acrescentou o presidente. O sistema penitenciário colombiano abriga 97.426 presos. A superpopulação é de 16.251, o equivalente a 20%, segundo o Inpec.
Lamentamos los hechos ocurridos en la cárcel de Tuluá, Valle del Cauca. Estoy en contacto con el @DInpec, Gral. Tito Castellanos y he dado instrucciones para adelantar investigaciones que permitan esclarecer esta terrible situación. Mi solidaridad con las familias de las víctimas
— Iván Duque
(@IvanDuque) June 28, 2022??
*Com informações da AFP