A Turquia aprovou nesta terça-feira, 28, a adesão da Finlândia e da Suécia na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). O país que havia dito que votaria contra, o que impossibilitaria que os nórdicos entrassem na Aliança militar, informou que os representantes finlandeses e suecos aceitaram as suas exigências. “A Turquia fez avanços significativos na luta contra as organizações terroristas”, afirmou a Presidência em um comunicado. “Obtivemos o que queríamos”, acrescentou. Em resposta, os turcos decidiram apoiar o ingresso dos nórdicos. De acordo com o presidente finlandês, Sauli Niinisto, a Turquia assinou um acordo tripartite na capital espanhola que confirma que os turcos vão apoiar esta semana na cúpula de Madri “o convite a que Finlândia e Suécia sejam membros da Otan”, declarou em um comunicado.
Após aval dos turcos, Otan vai “convidar” Suécia e Finlândia a aderirem à Aliança, disse o secretário-geral, Jens Stoltenberg. Ambos os países fazem fronteira com a Rússia e decidiram acabar com décadas de neutralidades por se sentirem ameaçadas e temerem por uma possível invasão das tropas de Vladimir Putin. “Tenho o prazer de anunciar que agora temos um acordo que abre caminho para a Finlândia e Suécia aderirem à Otan”, disse Stoltenberg, no primeiro dia de reuniões da cúpula da Otan em Madri. O assentimento “responde às preocupações da Turquia”, que era contrária à adesão.
Os motivos que faziam Recep Tayyip Erdogan, ser contra tinha relação com fatos que aconteceram há três anos, quando a Suécia interrompeu a venda de armas aos turcos apos o envolvimento militar de Ancara na guerra da Síria, e, junto a Finlândia, recusam constantemente as solicitações para extradição de militares curdos, um dos principais pontos que faz com que a Turquia não concorde com à adesão. Erdogan acusava os nórdicos de serem “uma casa de hóspedes para organizações terroristas”.