A China mandou um recado para os Estados Unidos nesta terça-feira, 19, em resposta a possível visita de Nancy Pelosi a Taiwan. “A China se opõe firmemente a qualquer forma de intercâmbio oficial entre os Estados Unidos e Taiwan”, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Zhao Lijian, durante entrevista coletiva, de acordo com a imprensa local. Ele também reiterou que seu país “tomará medidas resolutas e enérgicas” para defender sua soberania e advertiu que Washington “será inteiramente responsável pelas consequências resultantes”. O governo chinês pediu hoje que os EUA não organizem a visita de Pelosi a Taiwan e apelou a Washington que “interrompa os intercâmbios oficiais” com a ilha. Para Zhao, se a visita for adiante, irá “violar seriamente o princípio de ‘uma só China'”, além de enviar “sinais errados aos separatistas” em Taiwan, cuja soberania é reivindicada por Pequim.
Até o momento, tudo não passou de uma especulação da imprensa americana, mas se a viagem realmente acontecer, será a primeira visita de um presidente da Câmara dos Representantes dos EUA a Taiwan desde 1997, quando Newt Gingrich esteve na ilha. Até o momento, Nancy Pelosi e sua equipe não confirmaram nem negaram a visita. Taiwan é uma das principais fontes de conflito entre a China e os Estados Unidos, principalmente porque Washington é o principal fornecedor de armas de Taiwan e seria seu maior aliado militar no caso de uma guerra com o gigante asiático. A China, que reivindica a soberania sobre a ilha, considera Taiwan uma província rebelde desde que os nacionalistas do Kuomintang se retiraram para lá em 1949, depois de perder a guerra civil contra os comunistas.
*Com informações da EFE