Pela primeira vez desde que o conflito entre Rússia e Ucrânia começou em 24 de fevereiro, o ministro das Relações Exteriores russo, Sergey Lavrov, informou, nesta quarta-feira, 20, que os alvos geográficos mudaram e agora incluem não apenas as autoproclamadas repúblicas de Donetsk e Luhansk, mas outros territórios. “Quando as negociações foram realizadas em Istambul, tínhamos uma geografia, e nossa disponibilidade para aceitar a proposta ucraniana foi baseada nessa geografia”, afirmou Lavrov em uma entrevista à agência de notícias russa RIA Novosti. “Mas, agora é diferente”, acrescentou. O ministro declarou que “não se trata mais apenas das repúblicas populares de Donetsk e Luhansk”, também envolve a “região de Kherson, Zaporizhzhya e uma série de outros territórios”.
O chanceler russo advertiu que à medida em que o Ocidente injeta cada vez mais armas de longo alcance, como o sistema de mísseis Himars, os quadros geográficos da operação especial se ampliam. “Não podemos permitir armas na parte da Ucrânia sob o controle do presidente Zelensky”. Para Lavrov, isso representa uma ameaça direta territórios russos e as repúblicas que declararam sua independência. Apesar de informar que vão além da região de Donbass, Lavrov deixou claro que os objetivos estabelecidos pelo presidente russo, Vladimir Putin, de ‘desnazificar e desmilitarizar a Ucrânia, permanece “no sentido de que não haja ameaças à nossa segurança”.
*Com informações da EFE