Aviões de guerra chineses voltaram a sobrevoar o espaço aéreo de Taiwan nesta quarta-feira, 3, informou o governo local. Segundo o ministério da Defesa, “27 aeronaves da Força Aérea chinesa sobrevoaram o espaço aéreo da ilha” e “22 deles cruzaram o Estreito de Taiwan”, o limite da fronteira com o espaço aéreo da China. Essa é mais uma das respostas de Pequim à visita de Nancy Pelosi, presidente da Câmara americana, que desembarcou na ilha na terça e aumentou a tensão com os Estados Unidos. Essa ação vem um dia após os chineses terem enviado cerca de 30 aviões de guerra para sobrevoar a região na mesma hora em que o avião da americana se aproximava na ilha. Mais cedo, o governo de Taiwan acusou a China de fazer um bloqueio aeronaval não-oficial ao planejar execícios militares em torno da ilha. De acordo com a agência de notícias oficial, os taiwaneses já estariam negociando com Japão e Filipinas rotas alternativas para furar o bloqueio chinês. Desde que o avião da deputada pousou em Taiwan, o ministério chinês da Defesa prometeu “ações militares seletivas”, com uma série de manobras militares ao redor da ilha que começarão na quinta-feira, 4, incluindo “o disparo de munições reais de longo alcance” no Estreito de Taiwan, que separa a ilha da China continental. Contudo, esse não foi o único posicionamento chinês. O ministério do Comércio anunciou sanções econômicas, incluindo a suspensão da exportação para Taiwan de areia natural, componente chave para a produção de semicondutores, uma das principais exportações da ilha. A administração alfandegária chinesa também cancelou a importação de frutas e alguns peixes de Taiwan.