12/08/2022 às 21h24min - Atualizada em 16/08/2022 às 00h00min

Projeto social que ajuda comunidades indígenas em situação de vulnerabilidade luta para manter atividades

Criado por um grupo de amigos, Ações do Bem leva cestas básicas, kits de higiene, alimentos e medicamentos para pets e itens de necessidade para aldeias do litoral de São Paulo

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Divulgação
Em 2013 um grupo de amigos decidiu se unir para promover encontros de indígenas de Alagoas da etnia Fulkaxós com alunos do Ensino Fundamental de escolas de São Paulo e Rio de Janeiro. Para enriquecer a experiência eram realizadas oficinas de contação de histórias, lendas e saberes nativos e demonstrações de cantos e danças tradicionais. As bem sucedidas rodas de conversa deram origem ao projeto Ações do Bem, criado para ajudar as comunidades indígenas no Estado de São Paulo que vivem em situação de vulnerabilidade social.

Ao longo de 2021, graças ao projeto, aldeias de Iguape, Mongaguá e Itanhaém receberam visitas periódicas do grupo com os carros abastecidos por cestas básicas, kits de higiene pessoal, alimentos e remédios para cães e gatos, guloseimas para as crianças e ferramentas para as atividades do dia a dia. Em sua maioria, os itens são recolhidos entre apoiadores do Ações do Bem.

“Nossa assistência não se restringe às aldeias mais próximas à capital, pois estas já contam com outras entidades que as atendem. Mapeamos as mais carentes e com acessos restritos que as isolam inclusive das ações sociais, também procuramos entender seus hábitos culturais para levar o que elas realmente precisam. Isso tem sido um diferencial de abordagem e relacionamento”, explica Luiz Lopes, Diretor do Instituto Vision Ações do Bem, entidade recém criada para estruturar as iniciativas de atendimento às aldeias.

O Ações do Bem tem atuado para ajudar os indígenas em situação de vulnerabilidade, mas ao longo da pandemia, o volume de doações reduziu. Mesmo assim, eles mantêm as atividades e levam os itens ansiosamente esperados nas aldeias. Em 2022 estão previstas visitas às comunidades de Mongaguá em agosto, Itanhaém em Setembro, Iguape em Outubro, novamente Mongaguá em Novembro e Itanhaém em Dezembro.

“Eu agradeço o pessoal do Ações do Bem, poucas pessoas enxergam a necessidade do indígena e como a nossa aldeia é uma das mais distantes, tem o acesso difícil, a gente precisa de tudo. O que vem, recebemos felizes e com muita gratidão”, declara Laurinha Silva, líder da Aldeia Tangará, em Itanhaém. O cacique Leonardo da Silva da aldeia Jejy-ty, em Iguape, explica que a pandemia afetou a venda dos artesanatos que sua tribo produzia e levava para a cidade. “Por isso, hoje essas doações são muito importantes para toda a comunidade”, diz. 

“A cada viagem as doações são customizadas para ser entregues em cada aldeia de forma justa e igualitária para a quantidade de membros das famílias beneficiadas. Hoje, atendemos mais de 160 famílias, aproximadamente 560 pessoas, sendo 180 crianças, então toda doação é sempre bem-vinda e necessária”, completa Luiz.
Para contribuir com o projeto, basta acessar a página no Instagram. Conheça um pouco mais das ações neste vídeo 
 
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