A melhora do cenário econômico nacional fez o ICEI-RS (Índice de Confiança do Empresário Industrial gaúcho), divulgado pela Fiergs (Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul), nesta quinta-feira (18), voltar a subir em agosto.
Passou para 59,6 pontos, 2,2 a mais do que os 57,4 de julho, o maior aumento desde maio de 2021 e o nível mais alto desde outubro do ano passado, 5,4 pontos acima da média histórica.
“O otimismo do industrial gaúcho está mais disseminado, refletindo a recuperação da economia depois da crise da pandemia, com a desaceleração da inflação e a queda do desemprego”, diz o presidente da Fiergs, Gilberto Porcello Petry. O ICEI-RS, assim como os componentes, varia de zero a cem pontos. Valores acima de 50 indicam a presença de confiança.
Todos os componentes cresceram em agosto, principalmente os referentes à economia brasileira, que mostraram condições atuais bem mais favoráveis e expectativas em alta. De julho para agosto, o Índice de Condições Atuais registrou o maior crescimento, 3,9 pontos, desde setembro de 2020, atingindo 55, o maior valor desde outubro passado.
O avanço e a pontuação acima de 50 mostra que, na avaliação dos empresários, as condições atuais dos negócios melhoraram ainda mais este mês. Essa percepção subiu de 23,3%, em julho, para 33,2%, em agosto, voltando a superar a de piora, que caiu de 30,6% para 16,8% no período.
“O aumento e o patamar elevado da confiança industrial gaúcha em agosto foram sustentados agora também pela melhora das condições atuais e não apenas pelas expectativas, como nos meses anteriores. Esses resultados sugerem uma retomada da atividade industrial, que passa por um período de estabilidade”, afirma o presidente.
O Índice de Condições da Economia Brasileira cresceu 6,2 pontos ante julho: alcançou 53,9, respectivamente a maior alta desde junho de 2021 e o maior patamar desde agosto do ano passado.
Com isso, o índice voltou a superar os 50 pontos, deixando a faixa de piora em que estava nos cinco meses anteriores. O Índice de Condições das Empresas também cresceu para o maior valor em sete meses: 55,6 pontos em agosto. Em julho, foi de 52,8.
Expectativas
Após cair em julho, o Índice de Expectativas voltou a crescer em agosto, para 61,9 pontos. Acima dos 50, indica otimismo ainda mais forte e disseminado do que o apurado em julho, quando chegou a 60,6.
Novamente, o componente relacionado à economia brasileira mostrou o melhor desempenho, crescendo de 55,7 para 58,1 pontos, o maior valor desde setembro de 2021. De julho para agosto de 2022, o percentual de empresários otimistas com a economia do País subiu de 38,4% para 42,1% e o de pessimistas caiu de 13,7% para 10,4%. O Índice de Expectativas das Empresas subiu menos entre todos os índices em agosto, 0,8 ponto, para 63,8.
A pesquisa foi realizada entre 1º e 9 de agosto, com 202 empresas, sendo 45 pequenas, 68 médias e 89 grandes.