Com quatro novos testes positivos divulgados nesta segunda-feira (22), o Rio Grande do Sul chegou a 61 casos confirmados de “varíola dos macacos” (monkeypox) 70 dias. Outras 253 suspeitas de contágio permanecem sob investigação pela Secretaria Estadual de Saúde (SES).
Os boletins epidemiológicos são divulgados diariamente (com pausa nos fins de semana), por volta das 16h, em link que pode ser acessado por qualquer cidadão no site saude.rs.gov.br/monkeypox. Não há detalhamento relativo ao perfil dos pacientes.
Confira, a seguir, a lista de 21 cidades gaúchos com casos confirmados da doença. A lista está organizada por número de ocorrências, em ordem decrescente:
– Porto Alegre (24 casos) – observação: uma das ocorrências é de indivíduo residente no Exterior e que visitava a capital gaúcha quando se tornou o primeiro paciente no Estado, mediante confirmação de caso no dia 13 de junho.
– Canoas (5 casos).
– Caxias do Sul (4 casos).
– Viamão (4 casos).
– Novo Hamburgo (3 casos).
– Garibaldi (3 casos).
– Igrejinha (3 casos).
– Uruguaiana (2 casos).
– Campinas do Sul (1 caso).
– Campo Bom (1 caso).
– Carlos Barbosa (1 caso).
– Dois Irmãos (1 caso).
– Esteio (1 caso).
– Gramado (1 caso).
– Monte Belo do Sul (1 caso).
– Parobé (1 caso).
– Passo Fundo (1 caso).
– Santo Ângelo (1 caso).
– São Leopoldo (1 caso).
– São Marcos (1 caso).
– Sapiranga (1 caso).
Medidas em curso
No começo da agosto, o avanço da doença no Estado levou o governo gaúcho a emitir alerta epidemiológico. O documento reforça medidas necessárias nos serviços públicos ou particulares do setor, tanto em âmbito estadual quanto municipal.
Dentre as diretrizes está a necessidade de que os casos suspeitos da doença sejam comunicados de forma imediata pelos profissionais de saúde às prefeituras e à pasta estadual da setor. Também determina a coleta de amostras para confirmação de diagnóstico em laboratório.
Preconiza, ainda, o isolamento social dos infectados (protocolo já recomendado em casos de coronavírus), a identificação e monitoramento de contatos próximos ao indivíduo. Isso vale para suspeita ou confirmação de contágio pela varíola dos macacos.
Sobre a doença
A varíola dos macacos é uma doença transmitida entre humanos, por meio de vírus. Ocorre principalmente por meio de contato pessoal com secreção respiratória, lesão de pele de pessoa infectada ou de objeto recentemente contaminado.
Os sintomas incluem erupções que geralmente se desenvolvem no rosto e depois se espalham por outras partes do corpo, gerando uma crosta. Quando esta desaparece, o indivíduo já não é mais vetor de transmissão – o período de incubação é de seis a 16 dias (prazo que pode chegar a 21 dias).
O diagnóstico é laboratorial, com teste molecular ou sequenciamento genético. O procedimento deve ser realizado em todos os pacientes com quadro compatível com a doença. As amostras são direcionadas a laboratórios de referência – no Rio Grande do Sul, recorre-se ao Instituto Adolf Lutz (São Paulo).
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a varíola dos macacos pode ser classificada como autolimitante, ou seja: o paciente pode se curar após o período agudo da infecção. Já a gravidade varia conforme o indivíduo, sendo que na maioria dos casos não há risco de morte.
Mais informações e orientações sobre a doença, prevenção e notas técnicas direcionadas aos serviços de saúde estão disponíveis no site atencaobasica.saude.rs.gov.br.
(Marcello Campos)