“O Brasil vive uma fase de abertura da economia com uma reconfiguração em direção ao setor privado.” A análise foi feita pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, na palestra “Brasil: uma potência econômica em crescimento”, nesta sexta-feira (26), no Teatro do Sesi, em Porto Alegre, realizada pela Associação da Classe Média (Aclame), e apoio da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs).
“Temos que zerar o IPI, o imposto da desindustrialização em massa. Já baixamos 35%, vamos fazer gradual até chegar a zero”, garantiu o ministro, que reforçou a mudança de eixo da atual gestão, rejeitando o modelo estatista. Antes da palestra, o ministro se encontrou com o vice-presidente da Fiergs, Ricardo Portella – que representou a entidade no evento –, e com diretores e industriais.
Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) nacional, Paulo Guedes afirmou que, em 2022, só não haverá uma elevação maior do que os 2,5% previstos “porque os juros estão lá em cima”, mas que o País crescerá ainda mais em 2023. “Estamos começando um ciclo longo, o Brasil pode voar nos próximos anos”, assegurou.
Durante a palestra, o ministro reforçou que quando a sua gestão no Ministério da Economia começou, o País estava “caído”. “Colocamos o Brasil em pé, a pandemia fez ele cair de novo, o desemprego chegou a 14,9%, mas antes do final de 2022, estará perto de 8%”, prevê ele, que lembrou o fato de, durante a pandemia do covid, medidas tomadas pelo governo federal permitiram que 68 milhões de brasileiros pudessem ser socorridos com auxílios em momento de emergência.
Guedes vê também o País como o produtor mais eficiente e de menor custo no futuro para o setor de energia. “O Brasil é a segurança energética para a Europa e a segurança alimentar para o mundo”, afirmou, projetando o primeiro superávit das contas primárias do governo desde 2013.
Ainda, segundo o ministro, após privatizar estatais e realizar a “reforma da Previdência que foi possível”, o governo se prepara, em um segundo mandato do presidente Jair Bolsonaro, para dar continuidade à modernização do Brasil. Entre as medidas a serem tomadas, estão previstos projetos de alterações na legislação trabalhista que reduzirão os custos das empresas e que, de acordo com Guedes, mudarão a situação de 40 milhões de brasileiros trabalhadores sem carteira assinada.