O IGP (Instituto-Geral de Perícias) confirmou, nesta segunda-feira (29), que Gabriel Marques Cavalheiro já estava morto quando foi deixado por policiais militares em um açude de São Gabriel, cidade localizada há 328km de Porto Alegre. O laudo de necropsia, feito após a descoberta do corpo, há pouco mais de uma semana, revelou que o jovem de 18 anos foi vítima de uma hemorragia.
Ainda conforme o IGP, o sangramento foi causado por uma lesão na cervical, abaixo do pescoço. Não foi possível determinar o objeto que causou o ferimento e, tampouco, quantas vezes Gabriel foi golpeado. Os três policiais envolvidos no crime estão presos.
As investigações do caso serão concluídas ainda nesta semana, tanto na esfera civil quanto na militar.
O caso
Gabriel Marques Cavalheiro desapareceu, na noite de 20 de agosto, após ser abordado por uma viatura da Brigada Militar na rua Sete de Setembro, em São Gabriel. A guarnição foi acionada por uma moradora, que teria se assustado com a movimentação nas proximidades de sua casa. Um vídeo amador revelou que a vítima dava sinais de embriaguez, e foi algemada pelos agentes.
A partir do sinal de GPS da viatura, descobriu-se que o veículo foi em direção a um local afastado, onde parou por menos de dois minutos. Foi em um açude, próximo dali, que o corpo de Gabriel foi encontrado uma semana depois. Os brigadianos negam envolvimento na morte do jovem, e estão presos desde que o cadáver foi descoberto. O caso gerou comoção e protestos na cidade.