26/09/2022 às 21h14min - Atualizada em 27/09/2022 às 00h02min

A quatro dias do fim da campanha contra paralisia infantil, Rio Grande do Sul continua longe da meta

Com encerramento na próxima sexta-feira (30), a campanha nacional de imunização contra a paralisia infantil continua em níveis gerais de cobertura abaixo da

Rádio Pampa
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Com encerramento na próxima sexta-feira (30), a campanha nacional de imunização contra a paralisia infantil continua em níveis gerais de cobertura abaixo da meta. No Rio Grande do Sul não é diferente: a estatística atualizada pelo Ministério da Saúde nesta segunda-feira (26) aponta a aplicação de 319.055 doses da gotinha, o que representa 57,6% do público-alvo (1 a 4 anos de idade).

O índice são não está ainda mais preocupante porque a ofensiva vacinal foi prorrogada no dia 9 de setembro, dando fôlego adicional de três semanas à ofensiva.

E para garantir a proteção coletiva contra a volta da doença, também conhecida como poliomielite ou simplesmente “pólio”, é necessário atingir ao menos 95% desse segmento etário.

Considerando-se cada idade dentro dessa faixa, os contingentes e índices registrados até agora são de 77.704 pequenos de 1 ano, 77.280 com 2 anos, 81.556 no grupo de 3 anos e 82.515  com 4 anos.

A baixa adesão pode ser atribuída a diversos motivos (desinformação, esquecimento, circulação de notícias falsas etc.), menos um: falta de oferta de imunizantes. Afinal, todos os municípios oferecem o serviço, que é gratuito e seguro.

Especialistas já projetam, com base nos números observador até agora, que o Rio Grande do Sul voltará a ficar abaixo da meta, repetindo um desempenho que vem causando preocupação desde 2017. Em 367 dos 497 municípios gaúchos (quase 75%) já se trabalha com um cenário no qual é grande o risco de retorno da paralisia infantil.

Na primeira quinzena deste mês, a baixa cobertura geral no Estado chegou a motivar a Defesa Civil gaúcha a emitir um alerta para a necessidade de avanço da campanha. A iniciativa consistiu no envio de uma mensagem de texto por telefone celular a mais de 800 mil cidadãos cadastrados pelo órgão para receber esse tipo de aviso:

Geralmente, tais alertas tratam de eventos climáticos com risco à população (temporais, enchentes etc.), mas desde o início da pandemia de coronavírus o órgão tem apoiado o governo gaúcho em ações da Secretaria Estadual da Saúde.

Risco de reintrodução

A pólio é uma doença contagiosa aguda que pode atingir crianças e adultos por via fecal-oral (contato direto com as fezes ou com secreções expelidas pela boca das pessoas infectadas).

Quando chega ao sistema nervoso, há risco de paralisia flácida aguda, principalmente em membros inferiores, com sequelas permanentes e sem que haja tratamento específico. Conforme autoridades em saúde, atualmente existe alto risco de reintrodução do vírus da pólio, que não circula no País desde 1989.

(Marcello Campos)



Fonte: https://www.radiopampa.com.br/a-quatro-dias-do-fim-da-campanha-contra-paralisia-infantil-rio-grande-do-sul-continua-longe-da-meta/
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