Durante fiscalização na cidade gaúcha de Pinheiro Machado (Região Sudeste do Estado), agentes da força-tarefa do Programa Segurança Alimentar do Rio Grande do Sul apreenderam nesta quarta-feira (27) quase 1 tonelada de alimentos impróprios ao consumo humano. Os produtos eram armazenados e vendidos em quatro mercados.
Todos os estabelecimentos foram autuados. Ao menos dois tiveram seus setores de padaria interditados, medida também aplicada ao depósito de um dos locais.
O principal problema constatado foi a grande quantidade de produtos com prazo de validade vencido. Outras irregularidades: armazenamento inadequado (incluindo temperatura diferente da indicada pelo fabricante) e falta da indicação de procedência.
Nas fotos divulgadas pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS), é possível observar carnes, fiambres e itens de confeitaria, dentre outros. Uma das imagens mostra um pacote de pão-de-sanduíche com mais da metade da casca tomada por mofo. Tudo foi inutilizado.
Além do coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Segurança Alimentar, Alcindo Luz Bastos da Silva Filho, a ofensiva contou com a participação dos promotores Adoniran Lemos Almeida Filho (de Pinheiro Machado), Mauro Rockenbah (Porto Alegre) e servidores do MP-RS.
Também acompanharam a operação representantes da Vigilância Sanitária Municipal, Secretaria Estadual da Saúde (SES), Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), Delegacia de Polícia de Proteção ao Consumidor (Decon) e Patrulha Ambiental da Brigada Militar (Patram).
Resíduos de abate
Em outra operação, realizada dias antes, a mesma força-tarefa teve como alvo a filial de uma empresa de Jardim Alegre (PR) instalada na cidade gaúcha de Triunfo (Região Carbonífera).
O estabelecimento foi interditado por armazenar e vender resíduos não comestíveis oriundos de abates de animais, sem possuir o selo do serviço de inspeção compatível com a prática da atividade.
No local foram lacrados dois grandes contêineres com esse tipo de produto. A matriz, no outro Estado, passou por fiscalização simultânea, ocasião em que foram constatadas irregularidades semelhantes. Nesse tipo de ofensiva, os produtos costumam ser encaminhados para destruição, a fim de evitar seu reaproveitamento, com riscos à saúde.
(Marcello Campos)