Canais mais eficientes de financiamento têm tomado, em parte, o lugar de bancos tradicionais como fonte de financiamento para micro, pequenas e médias empresas (MPMEs), promovendo inovação, crescimento econômico e sustentabilidade ambiental e social. Esse será um dos temas discutidos durante o Uqbar Day 2022, fórum de discussão sobre inovação financeira que se encerra nesta quinta-feira (29), em São Paulo (SP). O evento é gratuito e online e as inscrições devem ser feitas
aqui.
Às 17h30min, durante o painel “O mercado de capitais como fonte de financiamento das MPMEs”, Rodrigo Amato, da Laqus, Bruno Laskowsky, do BNDES, Daniel Doll, da Singulare, e Viviane Basso, da B3, discutirão, de forma presencial, o potencial que os mercados de capitais podem ter no âmbito das MPMEs, repassando a experiência brasileira com os mecanismos e instrumentos de financiamento do setor, como a securitização, o mercado de crédito e de equity.
“Os bancos sempre foram uma fonte de financiamento tradicional dentre as MPMEs, mas, nos últimos 15 anos, o debate a respeito de como o mercado de capitais pode desempenhar um papel mais ativo nesse segmento se avolumou. Desde então, diversas iniciativas foram postas em prática, com resultados diversos. Esse é um desafio global, que abarca países desenvolvidos e em desenvolvimento, tanto que o Brasil também participa desse processo de descentralização do crédito financeiro”, afirma Amato, fundador e CEO da Laqus, fintech que facilita o acesso ao mercado de capitais para empresas e primeira Depositária Central de Valores Mobiliários a concorrer com a B3.
A nota comercial, um tipo de título privado de dívida, sem Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e de rápido processo de emissão, é exemplo de um instrumento que tem sido amplamente utilizado pelo mercado de capitais. Recentemente, a Petrobras informou que a diretoria executiva aprovou a emissão de notas comerciais escriturais no valor total de até R$ 3 bilhões. Nas últimas semanas, foi a vez da Copel Geração e Transmissão emitir notas comerciais no valor de até R$ 1 bilhão. Fundos de Investimentos em Direitos Creditórios (FIDCs) têm apostado no título da dívida. Só no primeiro semestre deste ano, foram 14,2 bilhões de operações, segundo a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) – a Laqus foi responsável 18% de emissão de notas privadas, de um total estimado em R$ 6,6 bilhões.