Durante encontro nesta semana, os presidentes da Assembleia Legislativa, Valdeci Oliveira (PT), e do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), desembargador Francisco José Moesch, avaliaram o primeiro turno de votação no Rio Grande do Sul. A conclusão de ambos é de que o processo transcorreu em perfeita normalidade.
A reunião foi realizada em Porto Alegre. Moesch considerou como “casos isolados” e que “não chegaram a ser surpresa” alguns incidentes, como o de um cidadão que precisou ser contido por um policial da Brigada Miliar (BM) ao comparecer armado de faca a uma seção eleitoral na cidade de Cerro Grande (Região Noroeste do Estado):
“Foi algo pontual. Atuamos em sintonia com todas as forças de segurança pública, em um belo trabalho conjunto”, frisou o desembargador.
Valdeci, por sua vez, agradeceu pelo empenho e parceria entre o Parlamento gaúcho e a Justiça eleitoral no Estado para estimular a participação da comunidade no processo de votação e no combate à desinformação:
“A democracia saiu novamente vencedora, mostrando sua força àqueles que a colocavam em dúvida. Mas devemos estar sempre vigilantes e coibir qualquer tentativa de enfraquecê-la ou desvirtuá-la”.
Tranquilidade e preocupação
Apesar de nenhum incidente de maior gravidade ter sido registrado até agora, Valdeci Oliveira não escondeu a sua preocupação no que se refere a situações negativas que vêm se repetindo não apenas no Rio Grande do Sul, mas também em outros Estados.
“Temos recebido denúncias e reclamações de vereadores e outros líderes políticos, principalmente de cidades do Interior, sobre a ação de alguns empresários mal-intencionados, tanto no meio urbano quanto no rural, que estão exigindo que trabalhadores e trabalhadoras votem em determinados candidatos, sob pena de demissão”, lamentou.
O parlamentar acrescentou: “Se o convencimento a partir do debate de ideias e do diálogo transparente faz parte do jogo, fora desse âmbito representa coação, algo que precisa ser combatido”.
Por fim, Francisco José Moesch reiterou que esse tipo de abordagem é ilegal e está sendo acompanhada pelo Ministério Público Federal (MPF) e Ministério Público do Trabalho (MPT). Qualquer situação irregular deve ser denunciada para que seja alvo de ações civis públicas.
(Marcello Campos)