17/10/2022 às 10h55min - Atualizada em 24/10/2022 às 00h00min

Brasil cria 278,6 mil empregos formais em um mês

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Dados  do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) apontam que o Brasil registrou um saldo de 278,6 mil empregos gerados no mês de Agosto. O saldo do Caged já é positivo em 1,853 milhão de vagas para o ano.

A abertura líquida de vagas de trabalho com carteira assinada em agosto no Caged foi novamente puxada pelo desempenho do setor de serviços, com a criação de 141.113 postos formais no mês. Em seguida, veio a indústria geral, que abriu 52.760 vagas.

Já o comércio teve saldo positivo de 41.886 vagas em agosto, enquanto houve um saldo de 35.156 contratações líquidas na construção. Na agropecuária, foram criadas 7.724 vagas no mês.

Desemprego
Embora o desemprego seja o “calcanhar de Aquiles brasileiro” para a maioria da população, o país começa o ano de 2022 com mais postos oferecidos. Uma pesquisa recente encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) realizada pelo Instituto FSB Pesquisa, mostrou que 38% dos entrevistados têm medo de ficarem desempregados, mostrando preocupação. 

A tendência é que ao menos 2 milhões de pessoas estejam empregadas até o final do ano, contrariando estimativas feitas no ano passado.

Profissionais autônomos
Os profissionais autônomos somam 24,8 milhões de brasileiros. O Brasil recebe uma onda de empreendedorismo após a pandemia. Trata-se de um crescimento de 4,2% comparado ao trimestre anterior e corresponde a 28,3% de toda a população ativa no mercado de trabalho, segundo o IBGE.

“O levante de profissionais autônomos não quer dizer que realmente a economia está se movimentando. As pessoas criam empresas e começam a investir, mas muitas vezes a renda não aumenta”, explica Rodrigo Mendes, presidente da Maquininhas de Cartões.

Uma pesquisa da fintech Onze, cedida ao G1, demonstrou que 74% dos brasileiros dizem que o dinheiro é sua maior fonte de preocupação. O número é maior do que a angústia pela família (60%), pela saúde (57%) e pelo trabalho (44%).

Para Rodrigo, a preocupação poderia ser revertida com alguma profissão mais “fácil”, como os vendedores de maquininhas. “Os autônomos que trazem clientes, fazem toda habilitação de maquininha e podem vender para e através deles”, explica.

Rodrigo explica que, embora o conceito não seja novo, poucos vendedores tem como profissão principal. “Temos alguns colaboradores que ganham mais de 2 mil reais. Essa renda ajuda muito”, finaliza.


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