O presidente Jair Bolsonaro (PL) concedeu sua primeira manifestação após a derrota nas eleições presidenciais para o líder petista Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta quinta-feira, 1º.
Em uma breve fala, o mandatário agradeceu aos mais de 58 milhões de votos que recebeu e passou a comentar sobre a greve dos caminhoneiros.
Segundo o chefe do Executivo federal, “os movimentos populares são fruto de indignação e injustiça do processo eleitoral”. Embora tenha dito que manifestações pacíficas são bem vindas, Bolsonaro pediu aos protestantes que não utilizem os “métodos da esquerda”, como “invasão de propriedades, destruição de patrimônio e cerceamento do direito de ir e vir”.
Ao expor o seu entendimento sobre a situação política, o presidente disse que o sonho da direita “segue vivo” e que seu grupo preza “pela ordem e pelo progresso”. “Sempre fui rotulado como antidemocrático e, ao contrario dos meus acusadores, sempre joguei dentro das quatro linhas. Continuarei cumprindo todos os mandamentos da Constituição. É uma honra ser o líder que defende a liberdade econômica, religiosa, de opinião e honestidade”, finalizou o atual comandante do Palácio do Planalto.
Em seguida, o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP-PI) ressaltou que os trabalhos de transição de governo serão iniciados quando o Planalto for provocado. “A presidente do Partido dos Trabalhadores [deputada federal Gleisi Hoffmann] disse que na quinta-feira, 3, será formalizado o nome do vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB). Aguardaremos para que seja cumprido a lei no nosso país”, disse.
Bolsonaro pleiteava uma continuidade no cargo de chefe do Executivo federal, mas foi derrotado nas eleições presidenciais no último domingo, 30, e obteve 49,10% dos votos válidos.