O segundo e último dia do Rio Grande do Sul Fashion Week (RSFW) foi marcado por muita interação entre o público e os profissionais da moda, estilistas, criadores de conteúdo e lojistas nesta quarta-feira (09). Ambientes da Vizzano, do Instituto da Mama do Rio Grande do Sul (Imama), da Universidade Feevale, entre outras marcas, também trouxeram um pouco do universo fashion para os presentes no Salão Nobre da Catedral Metropolitana.
Durante a tarde, os talks iniciaram com uma história emocionante. A vitória de Bia Moser, voluntária do Imama, contra o câncer de mama. “Eu descobri a doença de forma precoce, porque eu tinha informação sobre a importância da prevenção. Afinal, sou de uma classe social privilegiada, com plano de saúde. A missão do Instituto é justamente ajudar as mulheres a terem isso através do SUS”, explicou. Na noite de terça-feira (08), a entidade realizou um desfile beneficente no evento, onde as modelos eram mulheres que venceram o câncer e as roupas customizadas foram leiloadas para arrecadar fundos.
Na sequência, a advogada e empresária Martha Rosinha motivou a plateia a ir atrás de seus sonhos, independente da idade. Aos 40 anos, ela resolveu fazer o que tinha vontade desde criança: abrir uma loja com a sua própria grife de roupas – que se tornou a primeira marca gaúcha a desfilar no New York Fashion Week. “Já tive muitas alegrias na vida, mas ver minha coleção na passarela do NYFW foi um orgulho inexplicável. Meu sonho demorou para acontecer, mas valeu a pena insistir”, relembrou.
Já as designers Maria Fernanda Souto e Leila Fraga trouxeram um tópico inovador para o debate: a joalheria sustentável. Maria utiliza resina e prata de reuso, o latão, para a confecção de suas peças. “Com uma prática de limpeza específica, o material oxida mais devagar, mantendo o brilho”, comentou. A sustentabilidade, para além do reaproveitamento, ainda está na exclusividade das jóias, pois cerca de apenas dois ou três modelos são criados a partir de cada design.
Coloração pessoal também esteve em pauta no painel da personal stylist Mariana Alfonsin. Segundo ela, cada tom de pele tende mais para o quente ou para o frio. “A cor que fica melhor na gente é aquela que já temos no nosso físico. Mas descobrir a nossa paleta de cores é uma ferramenta para nos ajudar, não para nos limitar”, defendeu. Conforme abordou, saber o objetivo final na hora de montar um look é ainda mais essencial, tendo conhecimento do biotipo e dos acessórios adequados.
Confira algumas presenças do último dia do RSFW:
Fotos: Anna Alves/O Sul