A Polícia Civil deflagrou, na manhã desta quarta-feira (09), a Operação Circuito Fechado para combater supostas irregularidades na Secretaria do Esporte e Lazer do Rio Grande do Sul. Pelo menos R$ 8,5 milhões teriam sido desviados da pasta.
As investigações apontam crimes contra a fé pública, estelionato contra a administração pública, corrupção ativa e passiva e associação criminosa cometidos em projetos relativos ao automobilismo mantidos com recursos do Pró-Esporte/RS.
Foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão em Porto Alegre e Caxias do Sul, na Serra Gaúcha. Os alvos das ordens judiciais são as residências dos investigados, associações esportivas e empresas prestadoras de serviços.
Segundo o delegado Max Otto Ritter, os fatos chegaram ao conhecimento da Polícia Civil a partir do encaminhamento de documentação de auditoria realizada pela Contadoria e Auditoria-Geral do Estado, que apontou diversas irregularidades decorrentes das prestações de contas referentes a projetos propostos por associações esportivas que competiram na categoria Stock Car Light, rebatizada neste ano para Stock Series.
“Conforme até aqui apurado, as inconformidades detectadas, as quais já haviam sido objeto de apreciação por parte do Departamento de Prestação de Contas da Secretaria do Esporte e Lazer e da Procuradoria-Geral do Estado, indicam a existência de documentos falsos, notas fiscais inexistentes e falsidade ideológica junto às associações proponentes, fatos esses que, potencialmente, caracterizaram desvio de recursos públicos e danos ao erário estadual”, informou a Polícia Civil.
“A ação tem como objetivo localizar e apreender documentos, equipamentos eletrônicos, entre outros elementos de informação quanto à autoria e materialidade dos crimes investigados”, prosseguiu a corporação.
Duas armas, munições e dinheiro foram apreendidos durante a Operação Circuito Fechado, que contou com a participação de 47 agentes. A polícia não divulgou os nomes dos investigados. Ninguém foi preso.