No Rio de Janeiro, três horas antes do apito inicial, várias pessoas já se concentravam na Praia de Copacabana, apesar do tempo nublado. As areias de uma das praias mais tradicionais do país recebem o Fifa Fan Festival. A capital fluminense é uma das sete cidades do mundo a sediar o evento, que mistura exibição de jogos e atividades culturais.
Foi o caso da turista mineira Miquely Soares, 27 anos. "Ficamos sabendo do evento ontem. Por isso, não sabíamos que tinha que ter ingresso. Mas vou esperar. Se não conseguir entrar, não tenho um plano B". Assim como Miquely, várias pessoas fizeram fila do lado de fora do Fan Festival e a persistência foi premiada pouco antes das 14h, quando os portões abriram para quem estava esperando.
O morador da Baixada Fluminense Mario Vitor, 20 anos, acompanhado da namorada, chegou ao local com o ingresso garantido antecipadamente e não precisou entrar na fila. "Consegui no último lote. Costumo assistir de casa, mas resolvi vir pra sentir um clima de Copa", disse.
Luana Borges, 20 anos, chegou ao Fan Festival com um grupo de quatro amigos do curso de jornalismo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). "Conseguimos no quarto lote de ingressos, mas tivemos que ficar atualizando a página [da realizadora do evento] até conseguir".
Algumas pessoas nem tentaram entrar no evento, mas resolveram aproveitar o clima de festa mesmo assim. É o caso do turista paulista Alexandre Souza Enoque, 37 anos, que decidiu assistir ao jogo com a família em um dos quiosques da orla. "A gente veio por causa do ambiente. Assistir sozinhos em casa não tem muita graça. Vai ser 3 a 0 para o Brasil", disse, otimista.
O clima de otimismo em relação ao placar da partida de hoje se mantém em Brasília. O servidor público Marinho Cunha, 58 anos, aposta numa vitória brasileira por 2 a 0. "Acordei cedo pra trabalhar. Tinha uma reunião fora. Retornei para o escritório e fomos liberados. Vamos almoçar assistindo Portugal jogar. Depois, tem Brasil", disse, acompanhado de um colega de trabalho. Em meio a uma viagem de trabalho à capital federal, o paraense optou pela telão de um shopping na área central da cidade.
"Entre ficar no hotel e vir para cá, preferi o shopping. Vou assistir no telão com um amigo de trabalho, que também veio de Belém pra Brasília. Já trabalhei em horário de jogo uma vez e é isso: quando a gente está de plantão, não tem jeito. Hoje, graças a Deus, está mais tranquilo. Arrisco o placar de 2 a 0 paro o Brasil. Que essa onda de zebra passe longe da gente", brincou.
A menos de duas horas do início da partida contra a Sérvia, o comerciante Davi Troncoso, 71 anos, se mantinha firme em seu restaurante no centro da capital federal. "Estou esperando minha esposa ligar e avisar onde vamos assistir o jogo. Cheguei aqui às 6h30. Servimos café da manhã e almoço, mas, hoje, encerro às 15h30 para ver o Brasil jogar".
"Acho que vai ficar 2 a 1 para a seleção brasileira. Se a zebra aparecer, inverte o placar. Mas acho que ela não pega o Brasil não. Devo assistir à partida em casa mesmo, com a esposa. Moro aqui por perto. Dá tempo de fechar o restaurante e correr pra lá", finalizou.