O Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), na Região Central do Estado, cruzou a marca de mil operações em seu bloco cirúrgico, inaugurado há um ano. Tanto o procedimento inaugural quanto o milésimo couberam ao chefe do serviço de cirurgia vascular, Vinicius Menegola, que também é diretor técnico da instituição.
Ele relembra: “A primeira foi uma traqueostomia, em um paciente com longo período de permanência em UTI [unidade de terapia intensiva] e que necessitava com urgência desse procedimento. Na época ainda havia com grande número de pacientes com covid”.
Já a operação de número 1.000 consistiu em uma safenectomia e correção de varizes de membro inferior em uma paciente de 61 anos, oriunda da cidade de Dilermando de Aguiar, distante 51 quilômetros. A idosa aguardava na fila do Sistema Único de Saúde (SUS) pela intervenção havia três anos.
A titular da Secretaria Estadual da Saúde (SES), Arita Bergmann, relembra o papel estratégico do HRSM no enfrentamento da pandemia de coronavírus, além de destacar o fortalecimento do trabalho em parceria com a Fundação Universitária de Cardiologia (FUC), que possibilitou a ampliação dos serviços oferecidos.
“O Hospital Regional é de suma importância para fortalecer os serviços de saúde e atender às necessidades dos usuários do SUS”, ressalta Arita. Ela também definiu como “grande conquista”, neste trimestre, a realização de cirurgias neurológicas de alta complexidade.
“A Região Central e o Rio Grande do Sul como um todo acabam ganhando muito com essa meta atingida”, emenda o diretor-geral do hospital, Geison Farias.
De acordo com titular-adjunta da 4ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS), Carla Boniatti, as cirurgias e internações são encaminhdas por meio sistemas de regulação estadual, sendo que a instituição recebe pacientes de todo o Rio Grande do Sul, a partir da análise dos casos, bem como da capacidade e dos serviços oferecidos.
Serviços e infraestrutura
Inaugurado em 6 de julho de 2018, o Hospital Regional de Santa Maria tem progressivamente ampliado serviços e qualificado a saúde na região central e no Rio Grande do Sul. Suas instalações incluem ambulatório de cardiologia e cirúrgicos em áreas como traumatologia, vascular, torácica e neurologia, dentre outras.
São 60 leitos clínicos e outros 20 de UTI. Mantido pelo governo gaúcho, é gerido pela Fundação Universitária de Cardiologia e conta com cerca de 420 funcionários.
Com serviços multiprofissionais e foco no usuário do SUS, o Regional também conta com dois ambulatórios pioneiros: o de doenças crônicas, atendendo pacientes com doenças como diabetes e hipertensão, que deu início ao seu funcionamento em 2018, e o Ambulatório do Idoso.
Cirurgias até agora
– Geral: 232.
– Vascular: 226.
– Traqueostomia: 50.
– Torácica: 91.
– Traumatológica: 186.
– CPRE: 172.
– Neurocirurgia: 29.
– Debridamento de úlcera: 29.
– Total: 1015.
(Marcello Campos)