Nesta quarta-feira (28), mais sete cidades gaúchas decretaram situação de emergência devido à falta de chuvas: Cruz Alta, Liberato Salzano, Maçarambá, Rolador, Santa Maria, São Martinho da Serra e Toropi. O Estado tem agora 22 municípios sob tal status, que depende de homologação pelo governo estadual e reconhecimento pelo federal para que suas respectivas prefeituras possam solicitar verbas para restabelecimento de serviços essenciais e reconstrução de infraestruturas.
A primeira a protocolar solicitação com esse objetivo foi Tupanciretã (Centro-Oeste do Estado), no início deste mês. O processo já está homologado pelo governo do Rio Grande do Sul e reconhecido pela União. Na mesma região, Júlio de Castilhos aguarda posicionamento federal. As demais 20 ainda não obtiveram sinal-verde do Palácio Piratini.
Na lista constam, ainda, os municípios de Agudo, Benjamin Constant do Sul, Cerro Branco, Cerro Grande, Cristal do Sul, Herval, Jari, Manoel Viana, Palmitinho, Pinhal, Redentora, São Gabriel, São Pedro das Missões, todas com encaminhamentos feitos no período de 1º a 28 de dezembro.
Sem alívio imediato
De acordo com boletim informativo da Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), a chuva que atingiu parte do Rio Grande do Sul nesta quarta-feira (28) não contribuiu de forma significativa para aliviar a estiagem. Isso porque os acumulados de maior relevência ficaram restritos à faixa Norte, próximo à divisa com Santa Catarina.
Embora as temperaturas tenham sido amenas no começo da semana, a previsão é de elevação no restante da semana. O calor volta a predominar principalmente na Região Oeste do mapa gaúcho. “Com a chuva ocorrendo de forma pouco expressiva e temperaturas se elevando, existe a possibilidade de agravamento da situação relacionada à estiagem”, sublinha o texto divulgado pela Sala de Situação da Sema.
Recomendações
A Defesa Civil do Rio Grande do Sul produziu uma série de materiais informativos para auxiliar a população e os gestores municipais a lidarem com a situação de emergência devido ao déficit de chuvas. O conteúdo pode ser conferido no site defesacivil.rs.gov.br.
Dentre as recomendações está o uso consciente da água por todas as pessoas, tanto em ambientes públicos quanto privados. Confira:
– Não lavar calçadas ou veículos.
– Evitar desperdícios em geral.
– Não tomar banho demorado.
– Molhar as plantas somente com regador.
Dados estatísticos
Um estudo realizado pelo governo gaúcho e apresentado recentemente aponta que 464 municípios do Rio Grande do Sul publicaram decretos de emergência sobre o tema no período de 2017 a 2021. O total foi de 2.265 ocorrências que afetaram 1,91 milhão de indivíduos, direta ou indiretamente.
As regiões com maior volumes de prejuízo por conta desse tipo de desastre natural foram aquelas com sede em Santo Ângelo, Santa Maria, Uruguaiana e Frederico Westphalen.
(Marcello Campos)