A Polícia Civil localizou e prendeu o foragido número 1 do Rio Grande do Sul nesta segunda-feira (16), no Rio de Janeiro, durante a Operação Blindspot. Por meio da 3ª Delegacia de Investigação do Narcotráfico (DIN), do Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico (Denarc), o alvo foi capturado em um restaurante de alto padrão na Barra da Tijuca, na capital fluminense. Ele chegou transportado ainda na noite de segunda ao Estado.
O preso, que desde o início do ano passado estava escondido em Orlando, na Flórida, nos Estados Unidos, havia voltado ao Brasil há 7 dias, quando foi identificado por agências de inteligência. A equipe de investigação do Denarc conseguiu identificar o condomínio de luxo em que ele estava escondido, na Zona Leste do Rio.
Segundo o delegado Gabriel Borges, responsável pela operação policial, o investigado começou no mundo do crime há pouco mais de uma década, praticando estelionatos e se aproximando de grandes lideranças em razão de vínculos parentais. Pelo seu conhecimento e articulação, rapidamente ascendeu no mundo do crime. Passou a operar também outros delitos patrimoniais e atuar na lavagem de dinheiro por meio da utilização de pedras preciosas.
O investigado era piloto de corrida automobilística e piloto de aeronaves, e com isso ingressou no esquema de tráfico internacional de drogas, principalmente no transporte de cocaína de países produtores, como Peru e Bolívia, ao Estado do Rio Grande do Sul.
No ano de 2021, ele foi alvo de uma investigação do Denarc, sendo preso por operar aeronaves que traziam cocaína ao Estado. Além disso, houve o sequestro judicial de uma dessas aeronaves. Já no ano de 2022, o investigado foi um dos principais alvos da operação Kraken, deflagrada pela 1ª Delegacia de Polícia de Sapucaia do Sul, em que mais de 1.300 policiais cumpriram 1.368 ordens judiciais contra a maior organização criminosa do Sul do País, na qual o investigado exerce papel de liderança.
No exterior, o alvo se aliou a um norte-americano e montou uma empresa de aluguéis de veículos na Flórida, utilizada para lavagem de dinheiro. Lá, levava uma vida de alto luxo, fazendo viagens em barcos de alto padrão e frequentando locais de encontro de celebridades.
Em novembro de 2022, o acusado foi avistado num aeroporto fora do Brasil, já com seu alerta na difusão vermelha da Interpol, mas percebeu que estava sendo monitorado e fugiu pelo aeroporto, abandonando suas malas e não sendo mais localizado.
Já em dezembro de 2022, o acusado foi localizado e abordado em um barco de luxo na Guiana, com mais três brasileiros. Por circunstâncias ainda desconhecidas, o investigado conseguiu, mais uma vez, fugir das autoridades, vindo a se refugiar num país da América Central.