A primeira viagem internacional do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em seu terceiro mandato deve ser para a Argentina. O petista vai embarcar para Buenos Aires no dia 23 de janeiro para, no dia seguinte, participar da reunião da Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos).
A presença do chefe do Executivo no encontro foi confirmada por Alberto Fernández, presidente da Argentina, em sua página oficial do Twitter.
“No dia 24 nos reuniremos com a Celac, em Buenos Aires. Pessoalmente acredito que Lula é um líder regional e vai dar o impulso à América Latina. Sua presença é a volta do Brasil a todos os Fóruns internacionais”, disse Fernandez.
O presidente argentino foi um dos chefes de Estado que estiveram em Brasília no dia 1º de janeiro. No evento, Fernandez e o presidente do Chile, Gabriel Boric, fizeram o “L” ao posar para foto com Lula.
O petista deve fazer diversas viagens para o exterior, afinal, desde a campanha presidencial, ele tem dito que é preciso recuperar a imagem do Brasil no exterior.
Lula não foi ao Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça, que acontece até o dia 20.
O presidente é representado no evento pelo vice e ministro do Desenvolvimento e Comércio, Geraldo Alckmin, e pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Os ministros Mauro Vieira, das Relações Exteriores, e Marina Silva, do Meio Ambiente, também viajaram à Suíça.
Estados Unidos
Lula afirmou nessa quarta-feira (18) que conversará com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, sobre como lidar com a extrema direita, após os ataques contra as sedes dos Três Poderes, em Brasília.
“A democracia é a única possibilidade de construirmos uma nação forte. Por isso vou conversar com o Biden, para ver como ele está lidando” com a extrema direita, escreveu Lula no Twitter.
Biden convidou Lula para uma visita oficial à Casa Branca “no início de fevereiro”, após oferecer ao petista o apoio dos Estados unidos, depois que milhares de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro invadiram e depredaram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF), em 8 de janeiro.
Os atos violentos protagonizados por bolsonaristas radicais, que Lula chama de “fascistas”, tiveram grande semelhança com os ataques ao Capitólio americano de 6 de janeiro de 2021 por apoiadores do então presidente Donald Trump, um aliado de Bolsonaro.
“Eu vou lá e vou confirmar com Biden e quero saber como ele está lidando, porque pela imprensa que eu leio, me parece que o pessoal dos republicanos está ficando mais forte, parece que o discurso radical está ficando mais forte e me parece que os democratas estão tendo um pouco de dificuldade, e vão ter eleições em dois anos”, afirmou Lula em entrevista ao canal GloboNews.
O presidente também anunciou que receberá em 30 de janeiro o chancelar alemão, Olaf Scholz, com quem conversará sobre os movimentos extremistas no país europeu.
“Quero conversar com ele sobre o que está acontecendo na Alemanha porque a extrema direita é um movimento internacional”, afirmou.