O presidente Luiz Inácio Lula da Silva convidou todos os reitores e reitoras de universidades e institutos federais para um encontro, nesta quinta-feira (19), em Brasília (DF). O ministro da Educação, Camilo Santana, também estará na reunião, que deve ser realizada no Palácio do Planalto.
Segundo a CNN Brasil, a lista de convidados inclui os 70 reitores de ensino superior no País e dois diretores de Cefet (Centro Federal de Educação Tecnológica), a maior parte deles é filiada à Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes).
A entidade classifica de “retrocesso da Educação” os quatro anos de governo Bolsonaro.
A gestão foi marcada por diversos cortes no orçamento das instituições de ensino federal que prejudicaram o pagamento de contas básicas, como luz, empregados terceirizados e também bolsas de estudos. Além do relacionamento conturbado de ministros com as universidades. Em 4 anos, houve cinco indicações de ministro da Educação.
Na gestão de Abraham Weintraub, o ex-ministro chegou a acusar os campus de “balbúrdia” e manter produção extensiva de drogas.
A intenção é retomar os encontros regulares do presidente da República com reitores, o que era comum em mandatos anteriores de Lula e da ex-presidente Dilma Rousseff. De acordo com interlocutores da Educação, a agenda pode passar a ser semestral.
No dia dos ataques em Brasília, a Andifes emitiu nota em que afirma que “nenhum terrorista, financiador e articulador destes atos criminosos, bem como aqueles que tenham viabilizado, ainda que por omissão” deve ser poupado. “Os atos terroristas são intoleráveis, inaceitáveis e inescusáveis”, afirmou na ocasião.
Reajuste
O Ministério da Educação (MEC) confirmou na terça (17) o reajuste de quase 15% no piso salarial dos professores, que passará de R$ 3.845,63 para R$ 4.420,55.
O anúncio do aumento tinha sido antecipado na noite da última segunda (16) pelo ministro da Educação, Camilo Santana, mas a portaria oficializando a medida foi publicada na edição de terça do Diário Oficial da União.
A lei do piso salarial dos professores, sancionada em 2008, estabelece que o reajuste deve ser feito anualmente, no mês de janeiro. O valor mínimo é definido pelo governo federal, mas os salários da educação básica são pagos pelas prefeituras e pelos governos estaduais.
Em 2022, o reajuste para os professores havia sido de 33,24%, quando foi de R$ 2.886 para R$ 3.845,63.