O Tribunal do Júri de Sapiranga, no Vale do Sinos, condenou, na noite de quinta-feira (19), Yago Rudinei da Silva Machado, de 26 anos, e sua mãe, Ledamaris da Silva, de 46, por homicídio duplamente qualificado. Eles são acusados de matar por esgorjamento (cortes profundos no pescoço) o tenente do Corpo de Bombeiros Glaiton Silva Contreira, de 52 anos, em outubro de 2020.
A juíza Milena Motta de Carvalho, que presidiu o júri, fixou as penas em 17 anos, seis meses e um dia de prisão para Ledamaris e em 15 anos, quatro meses e 15 dias de reclusão de Yago, ambas em regime inicial fechado. Eles não poderão recorrer em liberdade. Ledamaris está no Presídio Madre Pelletier, em Porto Alegre, e Yago na Penitenciária Estadual do Jacuí, em Charqueadas.
O júri, que iniciou na quarta-feira (18), teve duração de cerca de 24 horas. O Conselho de Sentença foi formado por cinco mulheres e dois homens.
O crime
Conforme denúncia do Ministério Público, o crime aconteceu no dia 25 de outubro de 2020, na rua Travessão Campo Bom, no bairro São Luiz, em Sapiranga. O plano da morte foi arquitetado por Ledamaris e Yago, enteado de Glaiton. O assassinato ocorreu por interesses patrimoniais.
Glaiton foi sedado com gás sevoflurano, sendo, logo em seguida, levado até um carro. A vítima foi morta em um lugar ermo, com cortes de estilete na região do pescoço, que atingiram a carótida esquerda. Depois, Yago fugiu do local do crime, dispensando a arma utilizada, o celular e outros objetos pertencentes ao seu padrasto sob uma ponte.