Mais popular das redes sociais em todo o mundo na atualidade, o Tiktok conquistou adeptos e com seus vídeos curtos (média de 15 segundos), obrigando gigantes virtuais como Youtube e Instagram a disponibilizar em suas plataformas ferramentas que também possibilitem a criação e publicação de conteúdos com esse formato de apresentação. Mas há um grave problema: o aplicativo pode ser equivalente a um vício e causar transtornos mensais.
As edições aceleradas, muitas vezes com músicas que “grudam” na cabeça predominam como formato de conteúdo priorizado e levaram o serviço a crescer de forma rápida, contando hoje com mais de 1 bilhão de usuários ativos. O público-alvo, majoritariamente formado por jovens, passa horas e horas com os olhos vidrados na tela do celular.
Enquanto muita gente considera o Tiktok uma forma divertida de expressar emoções e opiniões ou apenas passar o tempo, também não faltam quem alerte para os seus riscos, que incluem efeitos psicológicos como depressão e anorexia.
Cientistas da Universidade Zhejiang, na China, publicaram no ano passado um estudo na revista científica NeuroImage, alertando que áreas do cérebro ligadas ao sistema de recompensa são ativadas pelos vídeos da rede, produzindo de forma rápida uma sensação de prazer e satisfação no organismo.
Um experimento envolveu exames de ressonância magnética cerebral em 30 participantes enquanto assistiam a dois tipos de vídeos, os personalizados pelo algoritmo do Tiktok e os genéricos, como os exibidos a novos usuários que ainda não tiveram suas preferências detectadas pela plataforma.
Entre as partes do cérebro ativadas apenas pelos conteúdos personalizados está a área tegmental ventral (ATV), um dos principais centros dopaminérgicos do órgão e considerado o início do circuito de recompensa. Isso porque é liberada nesse caso a dopamina, um neurotransmissor que, ao chegar à área do córtex pré-frontal, provoca a sensação de prazer.
Histórico
A rede social já possuiu outro nome quando surgiu na China, em 2016, e ainda não havia passado pelo processo de popularização planetária: “Douyin”. No ano seguinte ao seu lançamento mundial, a desenvolvedora comprou o aplicativo Musical.ly, que foi incorporado ao aplicativo já existente.
A fama do aplicativo só ocorreu após algumas reformulações visuais, de design e nomenclaruta, passando a se chamar TikTok no final de 2018 e logo se tornando o aplicativo mais baixado nos Estados Unidos.
Por conta de sua facilidade para a criação de conteúdo e rápida disseminação e alcance, o aplicativo foi popularizado rapidamente em todo o mundo, mesmo já possuindo uma base forte de usuários entre norte-americanos e asiáticos.
Uma vez que a pandemia de coronavírus e as restrições de atividades para evitar o contágio envolveram a permanência das pessoas em casa, o aplicativo acabou sendo uma opção divertida de passar o tempo. Isso ajudou a alavancar a popularidade do aplicativo e colocá-lo em pé de igualdade com outras alternativas de entretenimento on-line.