O trio de acionistas das Lojas Americanas publicou, no domingo (22), uma nota na qual diz que não sabia das inconsistências contábeis que levaram ao rombo bilionário na empresa.
Segundo o texto, assinado por Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira, eles estão empenhados “em trabalhar pela recuperação da empresa, com a maior brevidade possível, focados em garantir um futuro promissor”.
Lemann, Telles e Sicupira também disseram que, assim como investidores e credores, tiveram prejuízos como acionistas após a descoberta do rombo. O trio afirmou que acreditava que “tudo estava absolutamente correto”.
O “risco sacado” (operações que não são inseridas no balanço das companhias) que levou a Americanas à dívida de R$ 43 bilhões, admitida pela própria companhia, teria sido arrastado por cerca de 7 a 9 anos, segundo Sério Rial, ex-CEO da empresa.
Em entrevista na semana passada, o presidente da Abradin (Associação Brasileira de Investidores), Aurélio Valporto, afirmou que “é muito improvável” que a antiga diretoria da Americanas e seus acionistas majoritários não tivessem ciência do rombo bilionário nas contas da gigante varejista.
Segundo o documento divulgado no domingo pelo trio, tanto os auditores da PwC quanto os bancos que mantinham operações jamais denunciaram qualquer irregularidade nas contas da empresa nos últimos anos.