Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 1,6 milhão de brasileiros têm esquizofrenia. A doença mental é caracterizada pela dissociação do que é real e o que é imaginário e se manifesta através de alucinações e delírios. Os sintomas podem impactar o comportamento da pessoa no dia a dia e dificultar o relacionamento interpessoal. Além disso, o estigma e a falta de informação sobre a condição também afetam os pacientes e suas famílias.
Pensando nisso, uma entidade no Rio Grande do Sul vem desenvolvendo um trabalho de apoio e atendimento às pessoas com esquizofrenia e seus cuidadores: a Associação Gaúcha de Familiares de Pacientes Esquizofrênicos (Agafape). A instituição atua em Porto Alegre e na Região Metropolitana como um local de acolhimento, convivência e troca de experiências por meio de oficinas de socialização, rodas de conversa com psicólogos e orientações sobre o acesso a benefícios, como a carteirinha de passe livre nos ônibus.
Para a presidente da Agafape, Elizete de Oliveira, um dos principais desafios é a integração dos pacientes e da família à sociedade. “Quando alguém recebe um diagnóstico de esquizofrenia geralmente tem muita dificuldade de aceitar, porque uma pessoa com doença mental é julgada como louca. O familiar se sente perdido por não saber lidar com o transtorno, e muitas vezes adoece também”, relata.
Atividades como teatro, dança circular e aulas de informática também são promovidas para fomentar a qualidade de vida dos pacientes. Já para os familiares, em todas as quartas-feiras, a reunião “Cuidando do cuidador” estimula um espaço de escuta, auxílio e esclarecimento de dúvidas.
Atualmente, a ONG está buscando voluntários para interagir com os frequentadores, seja através de trabalhos técnicos ou artísticos, bem como doações de alimentos, folhas de ofício e materiais para as oficinas. Os interessados em apoiar a entidade financeiramente podem doar pelo Pix CNPJ 94.954.740/0001-00.