O senador Randolfe Rodrigues (Rede), líder do governo de Lula no Congresso, apresentou uma notícia-crime ao Supremo Tribunal Federal, onde pede a abertura de investigação contra Janir Alves Soares.
Vem a ser o reitor da Universidade Federal dos Vales Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), que festejou os atos extremistas realizados em Brasília (DF), no dia 8 de janeiro.
Segundo Randolfe, que assina a petição junto ao deputado Reginaldo Lázaro, líder do PT na Câmara, Soares “apoiou as as condutas criminosas levadas a termo contra o Estado brasileiro”. O relator é o ministro Alexandre de Moraes
O senador usa como provas as postagens feitas pelo reitor em seu perfil no Instagram, onde ele mistura fake news e incentivos a atos golpistas.
A petição pede abertura, pelo Ministério Público, de investigação contra o reitor, assim como sua suspensão cautelar do cargo que ocupa na UFVJM, o bloqueio de suas redes sociais e a inclusão de seu nome como investigado no inquérito dos atos extremistas.
“Agenda do terrorismo”
Em entrevista à Istoé, Rodrigues afirmou também que o Senado precisa fazer uma análise de “conveniência” sobre a instalação da CPI dos Atos Antidemocráticos, porque as investigações a respeito do “Capitólio brasileiro”, que correm sob a batuta do ministro Alexandre de Moraes, no Supremo, avançaram rapidamente, com a identificação de executores, financiadores e mentores da tentativa de golpe de Estado.
O senador acrescenta que o Palácio do Planalto pretende deixar a crise para trás e se debruçar sobre planos emergenciais para a reconstrução do País. “O governo não será capturado pela agenda do terrorismo”, pontua. Randolfe assegura que a desmilitarização do Executivo não tem contornos de uma “sanha persecutória”, mas, em um coro ao presidente da República, frisa que fardados que participaram dos atos de 8 de janeiro precisam ser punidos, descartando uma anistia em troca da pacificação com as Forças Armadas.
“O artigo 5º da Constituição estabelece que todos são iguais perante a lei, sejam civis ou militares, estejam eles portando broche parlamentar, toga de juiz, farda ou roupas de cidadãos comuns”, emenda. O senador ainda defende um estado de permanente vigilância a fim de que novos atentados sejam evitados. “Há alguns fantasmas que foram libertados de suas prisões de 2016 para cá. Cabe-nos o cuidado necessário de colocar esses fantasmas de volta nos locais de onde não deveriam ter saído”, afirma.