Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) ficaram satisfeitos com a reeleição de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) como presidente do Senado. Ele derrotou o ex-ministro Rogério Marinho (PL-RN), nome que tinha apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Marinho chegou a procurar integrantes da Corte para dizer que adotaria uma
postura moderada, mas não convenceu. Para um ministro do STF, depois dos
ataques às sedes dos Três Poderes, o que chamou de “bolsonarismo” tem que ser tratado como “uma doença”.
Pacheco, por sua vez, é considerado um aliado do Poder Judiciário. No ano passado, ele saiu em defesa da Justiça Eleitoral e das urnas eletrônicas.
Discurso
Em seu discurso de vitória à reeleição ao comando do Senado, Pacheco defendeu a democracia, a pacificação da sociedade e a independência do Parlamento.
Ele repudiou os atentados às sedes dos Poderes em Brasília no início de janeiro e disse que a “democracia está de pé” pelo trabalho de quem escolheu ao diálogo à violência.
“A democracia está de pé pelo trabalho de quem se dispôs ao diálogo, e não ao confronto. E continuaremos de pé, defendendo e honrando a nossa nação”, disse.
Pacheco cumprimentou o seu adversário na eleição, Rogério Marinho, e pregou durante o seu discurso a união do País, mas sem que isso signifique a convivência com atos que busquem a ruptura da democracia. Segundo ele, “os acontecimentos do dia 8 de janeiro estão superados, mas não serão esquecidos” e a “polarização tóxica precisa ser erradicada do País”.