O governo Lula manterá três empresas estatais longe das indicações de aliados: Petrobras, Caixa e Banco do Brasil. As outras estatais podem abrigar funcionários e dirigentes em cargos de confiança indicados por parlamentares da base aliada, mesmo expediente usado pelo governo Bolsonaro.
A maioria dos cargos ainda não foi preenchida pela gestão Lula. Um dos fatores para o atraso nas negociações foi a eleição às presidências de Câmara e Senado, na última quarta-feira (1º), fundamental para consolidar a base parlamentar.
Todos os nomes recomendados por políticos passarão por um pente-fino do governo, para checar a competência e eventuais problemas com a Justiça, por exemplo.
Em aberto
Passado um mês da posse do novo governo, parte dos ministérios ainda segue com cargos vagos para o segundo escalão das pastas. São postos que se reportam diretamente para o ministro e que o auxiliam a conduzir as políticas públicas.
O Ministro de Minas e Energia, por exemplo, ainda não tem nenhum secretário nomeado, nem mesmo o secretário-executivo. Ele é o número “2” na hierarquia e assume o comando da pasta no caso do ministro viajar para o exterior.
A situação de “apagão” nas nomeações se estende para algumas estatais e autarquias. É o caso do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), da PPSA (estatal do pré-sal), do INSS, dos Correios, do IBGE, da Codevasf, entre outras.