O encontro privado entre a primeira-dama Rosângela Lula da Silva, a Janja, e a primeira-dama dos Estados Unidos, Jill Biden, foi cancelado. A reunião entre as duas seria nessa sexta-feira (10), na Casa Branca, em Washington, mas precisou ser suspenso devido a uma “indisposição de saúde da senhora Biden”, informou a assessoria de Janja.
Janja e Jill Biden se encontrariam na tarde dessa sexta, duas horas antes da reunião entre o chefe do Executivo, Luiz Inácio Lula da Silva, e o presidente norte-americano Joe Biden, sendo esse o momento mais aguardado da agenda que compõem a viagem de membros do governo brasileiro aos Estados Unidos.
Na manhã dessa sexta, Janja e a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, visitaram o National Museum of African American History and Culture, que contempla a história da cultura Afro-Americana. “Uma visita emocionante e que nos encheu de certeza de que precisamos e teremos uma iniciativa assim no Brasil”, garantiu a primeira-dama após a visita.
Com a alteração na agenda de Janja, a primeira-dama brasileira seguiu acompanhando Lula nos compromissos na Casa Branca, inclusive no encontro entre os presidentes do Brasil e dos Estados Unidos. A comitiva presidencial deve retornar ao Brasil já neste sábado (11).
Bilhete e flores
Mais cedo, a primeira-dama Janja publicou nas redes sociais uma foto com o buquê de flores e o bilhete que Jill Biden enviou a ela e a Lula. Na pequena carta, a esposa de Joe Biden deseja boas vindas à comitiva brasileira.
“Querido senhor presidente e senhora Janja Lula da Silva, bem-vindos aos Estados Unidos. O presidente e eu estamos honrados em hospedar vocês aqui em Washington e esperamos que tenham uma adorável estadia”, escreveu Jill Biden.
Encontro
O presidente Lula conversou com a imprensa, após agenda nos Estados Unidos, onde encontrou Joe Biden, chefe de Estado americano. O mandatário afirmou que o Brasil “volta ao cenário mundial utilizando sua potência política, a respeitabilidade que conquistou”.
Ele ressaltou a importância da relação entre ambos os países no âmbito econômico, político e cultural, dizendo ter conversado com Biden sobre interesses das nações “tanto no campo da igualdade social, racial, quanto no campo da democracia, energia limpa, questão climática e fortalecimento da democracia”.
“Nossas equipes vão continuar conversando em todas as áreas para que a gente possa ter uma evolução muito importante para Brasil e Estados Unidos”, informou.
Lula pontuou que sentiu vontade do presidente Biden em participar da construção de um fundo com todos os países desenvolvidos para “cuidar melhor do nosso planeta”, destacando a necessidade de ajudar países com muitas reservas florestais.
Perguntado se os EUA irão participar do Fundo Amazônia, disse em um primeiro momento que “acha” que sim, mas que não discutiu isso especificamente na reunião de hoje. Em outro trecho, porém, respondeu que Biden irá integrar o fundo.
“O Brasil não quer transformar a Amazônia em um santuário da humanidade, mas também não quer abrir mão de que é um território soberano”, advertiu o presidente.
“Queremos compartilhar com a ciência mundial um estudo profundo sobre a necessidade da manutenção da Amazônia”, complementou.