A Justiça do Trabalho do Rio Grande do Sul determinou no ano passado o pagamento de R$ 4,3 bilhões a trabalhadores que tiveram direitos reconhecidos em ações judiciais. O valor é 43% maior do que o registrado em 2021, quando foram pagos R$ 3 bilhões.
As decisões da Justiça do Trabalho gaúcha também reverteram R$ 647 milhões aos cofres públicos, sendo R$ 456,8 milhões em contribuições previdenciárias, R$ 131,3 milhões em Imposto de Renda e R$ 58,9 milhões em custas e emolumentos.
Do total de processos solucionados no primeiro grau, 42% foram resolvidos por meio de acordo entre as partes, 34% tiveram procedência parcial (autor ganhou um ou mais pedidos), 13% foram julgados improcedentes (nenhum pedido atendido) e 6% foram totalmente procedentes (todos os pedidos atendidos). Os 5% restantes tiveram outros encaminhamentos, como arquivamento, extinção do processo ou desistência do autor.
O tempo médio para o julgamento foi de 1 ano e 2 meses no primeiro grau e de cinco meses na segunda instância. Os dados foram divulgados pelo TRT-4 (Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região).
Demanda
Em 2022, a Justiça do Trabalho gaúcha recebeu, no primeiro grau, 117.684 novos processos, 7% a mais do que no ano anterior. No segundo grau, houve o ingresso de 67.138 novas ações, um crescimento de 28% em relação a 2021.
Os pedidos mais frequentes nos processos ajuizados em 2022 foram indenizações por danos morais, adicional de insalubridade, horas extras e verbas rescisórias.