O projeto de construção do complexo eólico Três Divisas, em área abrangida pelos municípios gaúchos de Alegrete, Quaraí e Uruguaiana (Fronteira-Oeste), foi tema de reunião entre o governador Eduardo Leite com o presidente da estatal Portos RS, Cristiano Klinger, e representantes da empresa Vestas, especializada em turbinas movidas pela força do vento. Dentre as pautas discutidas estava o plano de ampliar a competitividade gaúcha no segmento.
“Estamos dispostos a encontrar caminhos para viabilizar ações nesse sentido”, destacou Leite, em encontro que também contou com a presença do chefe da Casa Civil, Artur Lemos, e do deputado estadual Frederico Antunes (PP), líder da bancada de apoio ao Palácio Piratini na Assembleia Legislativa.
A futura obra obteve licença prévia da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) em novembro de 2021, com posterior outorga pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), prevendo 17 parques eólicos com 810 megawatts de capacidade total instalada para produzir energia limpa. De acordo com o Executivo, a iniciativa deve gerar cerca de 200 empregos diretos já durante a fase de implantação.
Porto de Rio Grande
Esse é um dos projetos de energia renovável que tramitam no Estado, onde o Porto de Rio Grande (Litoral Sul) funciona como ponto estratégico na cadeia logística para receber equipamentos e fazer toda a movimentação dos complexos com esse perfil.
Em razão do avanço das pautas de energia sustentável, a Portos RS lançou a marca “Port Energy Plataform”, destinada a divulgar as potencialidades para a instalação de empresas do setor em território gaúcho e também o distrito industrial de Rio Grande, dotado da infraestrutura necessária para atrair recursos externos.
Relevância nacional
Dados divulgados recentemente pela Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema) aponta que o Rio Grande do Sul responde por 8,4% da potência eólica instalada no Brasil, ocupando a quinta posição. Atualmente, o Estado conta com 1.836 megawatts (MW) instalados em 80 parques distribuídos em nove municípios gaúchos.
A avaliação é de que há grande potencial para expandir a geração de energia gerada pela força do vento. São mais de 80 projetos previstos para dezenas de municípios, gerando R$ 90 bilhões em investimentos. Além disso, o governo tem reiterado a ideia de apostar também em no chamado “hidrogênio-verde” e outras fontes renováveis, que em âmbito interno são responsáveis por 81% da potência elétrica instalada em território gaúcho.
(Marcello Campos)