O dólar à vista encerrou a sessão em leve alta nesta segunda-feira (27), em dia em que o governo federal anunciou, por meio do ministério da Fazenda, que irá retomar 100% da arrecadação de impostos da gasolina e do álcool. A decisão era esperada pelos agentes financeiros devido ao seu impacto nas contas públicas – ainda que também crie temor sobre o efeito na inflação.
No exterior, o dólar se manteve mais fraco frente às principais divisas, seja de mercados emergentes ou desenvolvidos. Mesmo assim, o real não conseguiu se valorizar, com os agentes financeiros se posicionando para a formação da Ptax, amanhã, quando os contratos futuros do dólar para março devem ser liquidados.
Foco dos investidores
Terminadas as negociações, o dólar comercial fechou em alta de 0,16%, cotado a R$ 5,2067, depois de ter atingido a mínima de R$ 5,1714 e a máxima de R$ 5,2125. Já o contrato futuro para março da moeda americana operava, perto das 17h30, em queda de 0,23%, a R$ 5,2030.
O foco dos investidores na sessão de hoje foi a discussão acerca da reoneração dos combustíveis. Havia um embate que vinha chamando a atenção, uma vez que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendia que não se prolongasse a desoneração dos combustíveis, enquanto parte dos ministros e a cúpula do PT apoiavam que o corte dos impostos continuassem por mais tempo. À tarde, porém, o Ministério da Fazenda confirmou que está assegurada 100% da arrecadação da reoneração dos combustíveis.