Deve prosseguir até o fim da semana a retirada dos cinco tanques de gasolina, óleo diesel e gás de um posto de combustíveis em Torres (Litoral Norte) onde ocorreu vazamento dos materiais. Aos cuidados de uma empresa contratada pelo estabelecimento e sob supervisão de técnicos da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), o trabalho começou nesta segunda-feira (27), pouco mais de dois dias após o incidente.
Uma camada de solo abaixo do posto também terá que ser removida do local. Nos próximos dias, o órgão de controle e a Polícia Civil abrirão procedimento para investigar a causa e eventuais responsabilidades pelo problema, constatado na noite da última sexta-feira (24) após relatos de forte cheiro de combustível na área.
Devido aos riscos inerentes a esse tipo de produto tóxico e inflamável, o Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Sul (CBM-RS) teve que interditar o acesso de veículos a ruas de um quarteirão na área central da cidade. Comerciantes e moradores das proximidades precisaram deixar suas lojas e residências durante o fim de semana.
A região continua monitorada e ainda nesta segunda-feira havia gasolina em uma garagem no subsolo do posto. Além dos bombeiros, a prefeitura, Coordenadoria de Trânsito, Defesa Civil municipal e voluntários acompanham a situação. O revendedor é vinculado à rede Ipiranga, que informou estar prestando apoio ao estabelecimento.
Caxias do Sul
Já na Serra Gaúcha, o trabalho sistemático do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS) de combate à adulteração de combustíveis resultou na interdição do tanque e de uma bomba de óleo diesel de um posto em Caxias do Sul. A medida foi cumprida no âmbito de decisão liminar obtida por meio ação cautelar.
De acordo com a Promotoria de Justiça Especializada na Defesa do Consumidor, análises apontaram que o produto apresentava características em desacordo com as especificações legais. O trabalho foi realizado por técnicos do Laboratório de Combustíveis do Instituto de Química da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
Além da interdição da comercialização do produto mediante o lacramento de bomba e tanque, a Justiça acolheu o pedido do MP-RS para apreensão de notas fiscais do combustível irregular e coleta de amostra para eventual contraprova. A ação foi proposta pelos promotores Janaina de Carli dos Santos, da Promotoria de Justiça Especializada de Caxias do Sul, e Alcindo Luz Bastos da Silva Filho, da Promotoria de Defesa do Consumidor de Porto Alegre.
(Marcello Campos)