O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) fez piada sobre a facada que levou durante a campanha eleitoral de 2018. A declaração foi dada em um culto na New Hope Church, em Orlando (EUA), quando ele contava sua trajetória até o Palácio do Planalto para uma plateia de brasileiros que assistia a celebração evangélica.
“Vocês acompanharam, levei uma facada. Ajudou a aumentar o volume da minha barriga. Eu tinha uma barriga de tanque. Não era igual à do pastor. Ele tá com uma barriguinha também. Se eu tivesse essa barriguinha antes da facada, acho que eu fazia assim (passa a mão em cima da barriga) e ia embora”, brincou o ex-presidente que arrancou gargalhadas da plateia.
Em agosto de 2018, enquanto candidato à Presidência, Jair Bolsonaro levou uma facada de Adélio Bispo de Oliveira durante um evento eleitoral em Juiz de Fora (MG). O atentado motivou uma série de teorias, que incluíam desde ligações do criminoso com políticos adversários a conluios para que o crime fosse acobertado. Após analisar uma série de provas, a conclusão da Polícia Federal foi no sentido contrário: Adélio agiu sozinho.
Desde o ataque, Bolsonaro relatou em várias ocasiões uma série de complicações. A última foi em janeiro quando, em post no Twitter, publicou uma foto em que aparece no leito de um hospital nos Estados Unidos.
“Após facada sofrida em Juiz de Fora/MG, fui submetido a cinco cirurgias. Desde a última, por duas vezes tive aderências que me levaram a outros procedimentos médicos”, explicou.
O ex-presidente está nos Estados Unidos desde o dia 30 de dezembro. Atualmente, Bolsonaro está hospedado na residência do líder ruralista Paulo Junqueira, um bolsonarista raiz que preside o Sindicato Rural de Ribeirão Preto (SP).
Reclamações
No mesmo culto em que fez a piada sobre a facada, Jair Bolsonaro também se queixou do salário de R$ 33 mil da presidência da República.
“Alguém sabe quanto foi o meu salário bruto em dezembro do ano passado? R$ 33 mil. Dá aí US$ 6 mil. Compensa? Você não vai para lá para ser recompensado financeiramente”, desabafou.
Lojinha virtual
Nos Estados Unidos há quase três meses, desde que viajou dias antes do final da posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Bolsonaro lançou uma loja virtual para vender produtos como calendários, canecas de chopp e tábuas de carne que fazem referência à sua gestão, em uma iniciativa para “manter vivos” na memória dos apoiadores os atos de seu governo.
Filho do ex-presidente, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) anunciou em um vídeo nas redes sociais no último fim de semana o mais novo projeto do pai, que foi descrito como iniciativa para preservar a memória de seu governo e uma forma de arrecadar recursos para manter sua participação política.
“A ideia é mais do que ser meramente um negócio… Mas é pra você manter vivo na sua memória tudo aquilo que foi feito durante a Presidência do Bolsonaro”, disse Eduardo em uma live realizada no Instagram.
De acordo com Eduardo Bolsonaro, o item “mais charmoso” da Bolsonaro Store é um calendário com fotos de momentos importantes da Presidência do pai. Um calendário de parede custa R$ 59,90, já com desconto (o preço original era R$ 69,90). Já uma caneca estampada com a frase: “Nosso sonho segue mais vivo do que nunca” pode ser obtida por R$ 54,90.