Agora autorizado a sair de casa, o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral criou um perfil pessoal no Instagram com o objetivo de falar sobre a experiência na prisão. Em cerca de 24 horas desde a criação da página, o político reúne mais de 7 mil seguidores.
Na primeira postagem, Cabral agradece a Deus e à família pelo apoio durante o tempo em que esteve na cadeia, após ser condenado na Operação Lava-Jato, e explica aos seguidores porque decidiu entrar na rede social.
“Bom, agora, é dividir com vocês mais de 30 anos de vida pública, seis anos de prisão, a minha experiência, as minhas memórias, minhas opiniões, minhas ideias, minhas vivências”, escreveu Sérgio Cabral.
Em um story, publicações temporárias que ficam disponíveis por apenas 24h, o governador postou um vídeo malhando. A legenda: “É ruim, mas é bom. É bom, mas é ruim”.
Na sequência fez uma postagem agradecendo aos seguidores: “Sem comentários. Só gratidão”, escreveu.
Prisão domiciliar
Sérgio Cabral governou o Rio de Janeiro entre 2007 e 2015, quando foi sucedido pelo então correligionário Luiz Fernando Pezão. Em 2016, acabou preso preventivamente no âmbito da Operação Lava-Jato por fraudar licitações e cobrar propina de empreiteiras em contratos públicos. A acusação era de que ele pedia 5% de propina no valor de grandes obras.
O ex-governador, em tempo, confessou os crimes e foi condenado a mais de 400 anos de prisão, mas ficou em Bangu 8 somente até dezembro último, quando ganhou o direito de cumprir a pena em regime de prisão domiciliar.
A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) atendeu ao pedido de soltura do ex-governador e derrubou a última decisão judicial que o mantinha preso, em dezembro. Ele foi detido em 17 de novembro de 2016, e era o único que seguia preso dos 300 presos nas 55 operações realizadas pelo Ministério Público Federal (MPF) e a Polícia Federal durante a Lava-Jato no Rio de Janeiro. Desde o ano passado, Cabral mora em um apartamento da família, localizado entre as praias do Arpoador e Copacabana, na zona Sul do Rio de Janeiro.
Com a decisão da 1ª Seção Especializada do TRF-2, o mandado de prisão domiciliar que o mantinha em prisão domiciliar, caiu. Com isso, Cabral pode circular livremente monitorado.