Menos de 48 horas após uma briga com um morto e 15 feridos no presídio estadual de Rosário do Sul (Fronteira-Oeste), 18 detentos foram transferidos nesta segunda-feira (27) para outras instituições do setor, inclusive na Região Metropolitana de Porto Alegre. Conforme a Superintendência de Serviços Penitenciários (Susepe), todo o grupo é de envolvidos no conflito.
O caso fatal teve como vítima um apenado atingido por tiro durante o confronto, que durou cerca de duas horas entre o início e o meio da tarde de sábado (25). Outros três permaneciam internados em hospital da região na noite desta segunda-feira – dois deles em estado grave.
Uma vistoria realizada nas celas após o tumulto revelou a existência de um revólver, facas e um telefone celular. Além da transferência de presos, as visitas estão suspensas na instituição, que abriga quase 140 homens – mais que o tripo da capacidade do prédio, projetado para 42 vagas.
Flagrante
Na tarde da última sexta-feira (24), agentes da Susepe flagraram na Penitenciária Estadual de Rio Grande (Litoral Sul) uma série de objetos e produtos ilícitos prestes a entrar na instituição. A descoberta ocorreu em vistoria de rotina com uso de aparelho de scanner em um colchão que era levado por uma visitante a um dos presos.
A imagem revelou três celulares e uma porção de maconha. A mulher – que seria familiar do apenado – foi encaminhada à uma Delegacia de Polícia. Os itens apreendidos tiveram o mesmo destino.
Tonozeleira
Em Charqueadas (Região Carbonífera), completou um ano de atividades a Base Operacional Avançada do Instituto Penal de Monitoramento Eletrônico Metropolitano (IPMEM), projeto idealizado pelo agente penitenciário Alexandre Menezes da Silva e que funciona na 9ª Delegacia Penitenciária Regional (DPR). A unidade supre todas as demandas de instalações de tornozeleiras nas instituições carcerárias da área.
A iniciativa contempla decisões judiciais que exigem rastreamento eletrônico e pedidos de inspeção de todo o Estado, para apenados recolhidos neste complexo prisional ou que residam na região e necessitam de manutenção do dispositivo.
Ao todo, foram 339 tornozeleiras instaladas e 93 retiradas, com atendimento exclusivamente volante e que se utiliza da estrutura oferecida pelas próprias casas prisionais. Isso reduz custos aos cofres públicos e elimina a necessidade de escoltas realizadas pela Brigada Militar (BM).
(Marcello Campos)
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