O vice-presidente do PL, deputado Capitão Augusto (SP), afirma que a volta do ex-presidente Jair Bolsonaro ao Brasil ocorre em um momento “interessante”. Ele desembarca em Brasília nesta quinta-feira (30), e seguirá direto para a sede do partido.
O deputado afirma que Bolsonaro volta em um bom momento por causa da repercussão de declarações equivocadas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva – como a que coloca em dúvida o plano do PCC de sequestrar o senador e ex-juiz Sérgio Moro (União-PR) – e pela demora do Ministério da Economia para divulgar o texto do novo arcabouço fiscal.
Segundo o vice-presidente do PL, Bolsonaro vai focar as eleições municipais e deve percorrer o país para participar de workshops e reuniões nos próximos meses. “Ele vai ajudar a divulgar o partido. Acredito que a gente vá crescer muito nas redes sociais com a ajuda dele e da Michelle”, diz.
Bolsonaro será recebido na sede do PL na quinta pelo presidente do partido, Valdemar Costa Neto, e pelo general Braga Netto, seu candidato a vice nas eleições e agora Secretário de Relações Institucionais da legenda. Bolsonaro assumirá formalmente a função de presidente de honra da sigla na semana que vem.
Polícia Federal
Assim que a aeronave do ex-presidente pousar na pista do aeroporto de Brasília, uma equipe de agentes da Polícia Federal (PF) vai entrar na classe executiva do avião para buscar Bolsonaro e direcioná-lo a um carro da corporação.
Esse é o procedimento padrão para ex-presidentes, que não saem diretamente no saguão do terminal.
O carro da PF trafegará por uma área restrita e levará Bolsonaro até o veículo particular, disponibilizado pelo PL.
Ao desembarcar de seu voo comercial vindo dos Estados Unidos Jair Bolsonaro será submetido ao procedimento convencional de inspeção das malas pela Alfândega e deverá apresentar recebidos de eventuais compras à Receita Federal.
Como revelou o jornal O Estado de S. Paulo, Bolsonaro ficou com um terceiro estojo de jóias presenteado pelo governo Arábia Saudita, que deveria ter sido entregue ao acervo da Presidência da República até dia 31 de dezembro do ano passado, quando deixou o cargo após a derrota eleitoral para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O vice-presidente da Iframerica, Jean Djedjeian, afirmou que o ex-presidente “passará pelo procedimento normal igual a qualquer outro passageiro” – ou seja, deverá prestar contas das mercadorias trazidas dos Estados Unidos à Receita Federal e terá suas malas inspecionadas pela PF.