31/03/2023 às 22h26min - Atualizada em 01/04/2023 às 06h05min

Polícia Federal prende mais três investigados por formação de milícia armada na cidade gaúcha de Rio Grande

Polícia Federal prende mais três investigados por formação de milícia armada na cidade gaúcha de Rio Grande - Jornal O Sul

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A Polícia Federal (PF) prendeu mais três investigados por suposta participação em firma de segurança que funcionava de forma clandestina na cidade gaúcha de Rio Grande (Litoral Sul). São dois sócios e um funcionário da empresa, cuja atuação configura crime de formação de milícia privada. Eles também são acusados de tortura, roubo, ameaça, constrangimento ilegal, porte ilegal de arma-de-fogo e usurpação de função pública.

“Em vídeos gravados pelos próprios criminosos e obtidos pela corporação estão registradas abordagens e agressões cometidas sob o pretexto de prover segurança aos contratantes dos serviços da empresa”, detalhou o órgão.

O mesmo grupo já havia sido alvo de operação conjunta entre Polícia Federal e Brigada Militar (BM) no dia 16 de março. Naquela ocasião foram apreendidas armas, munição, fardas, cassetetes, coletes e material utilizado em divulgação. Cerca de 50 policiais participaram da primeira etapa da ofensiva, denominada “Falsus Armatus”.

Já a terceira fase, uma semana depois, resultou na captura de outras quatro pessoas: advogado, vigilante, policial civil e outro militar. A medida havia sido solicitada pelo Ministério Público (MP) e pelas Corregedorias de ambas as corporações.

Eles simulavam pertencer a órgãos oficiais de segurança (inclusive com distintivos falsificados) e realizavam ações como patrulhamento noturno, abordagens a “suspeitos” e até invasões de residências para encontrar armas e drogas. Em várias dessas investidas, chegaram a roubar itens dos alvos.

Um dos incidentes foi registrado no final de 2021, em um bairro de Rio Grande: armados e com toucas-ninja, lanternas e coletes à prova de balas, eles atacaram na rua um homem a chutes e socos, depois algemaram o indivíduo e o deixaram para trás, levando seu revólver.

Regulamentação

A legislação brasileira determina que a prestação de serviços de segurança privada só pode ser realizada mediante certificação da PF. Além disso, o trabalho de vigilante armado tem entre suas exigências a conclusão de curso sobre porte e utilização desse tipo de artefato – incluindo os de menor potencial letal – e de colete balístico.

Já os serviços de vigia, portaria, zeladoria, monitoramento, comércio e instalação de sistemas de segurança são restritos, no Rio Grande do Sul, a empresas e profissionais licenciados e fiscalizados pela BM. Quem responde pela atribuição é o Grupamento de Supervisão de Vigilância e Guardas.

(Marcello Campos)



Fonte: https://www.osul.com.br/policia-federal-prende-mais-tres-investigados-por-formacao-de-milicia-armada-na-cidade-gaucha-de-rio-grande/
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