03/04/2023 às 22h04min - Atualizada em 04/04/2023 às 06h02min

Investigações da Polícia Federal sobre “minuta do golpe” e eleição avançam e encrencam ainda mais o ex-ministro Anderson Torres

Investigações da Polícia Federal sobre "minuta do golpe" e eleição avançam e encrencam ainda mais o ex-ministro Anderson Torres - Jornal O Sul

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À medida que as investigações da Polícia Federal (PF) sobre o ex-ministro da Justiça do governo de Jair Bolsonaro Anderson Torres avançam, mais ele fica enrolado. De todos os lados.

Em relação à “minuta do golpe”, mais uma discrepância foi apurada. O ex-ministro disse que o documento golpista foi entregue a ele por sua secretária. Ela, no entanto, foi taxativa em seu depoimento:

“Nunca entreguei nada.”

Outro foco de complicações para Anderson é o seu envolvimento direto com o processo eleitoral. Uma das mais recentes descobertas da PF é um “boletim de inteligência” produzido pela então diretora de Inteligência do Ministério da Justiça, Marília Alencar — uma delegada que, posteriormente, foi trabalhar com ele na Secretaria de Segurança do Distrito Federal.

O documento foi produzido em outubro. Detalhava os locais em que Lula havia sido mais votado no primeiro turno. Para os investigadores, o material serviu para que Anderson botasse de pé a tentativa de atrapalhar a chegada dos eleitores aos locais de votação nestas regiões, com a célebre operação feita pela Polícia Rodoviária Federal no dia 30 de outubro.

Marília, aliás, tentou apagar o documento do seu celular, mas a PF recuperou parte do material.

No capítulo eleitoral há também uma viagem fora de agenda de Anderson à Bahia, num avião da Força Aérea Brasileira, dias antes do segundo turno. Acompanhado do então diretor da PF Marcio Nunes, foi pressionar o então superintendente regional, Leandro Almada, a atuar na operação no dia da eleição, dando apoio à PRF.

Prisão

Desde 14 de janeiro, Anderson Torres está preso, investigado por suposta omissão no controle dos atos antidemocráticos do dia 8 do mesmo mês. Ele estava no cargo de secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, mas deixou o país, com destino aos Estados Unidos, dias antes dos atos golpistas.

Em nota, o advogado de Anderson Torres, Eumar Novacki, informou que assumiu a defesa do ex-ministro há poucos dias e que a equipe está “estudando o processo e preparando uma defesa estritamente técnica”.

“Os autos do inquérito são extensos e, por este motivo, não vamos nos precipitar com comentários de qualquer natureza ou emitir posicionamento sobre quaisquer fatos, sejam eles novos ou não. Nossas manifestações serão feitas nos autos”, informa.



Fonte: https://www.osul.com.br/investigacoes-da-policia-federal-sobre-minuta-do-golpe-e-eleicao-avancam-e-encrencam-ainda-mais-o-ex-ministro-anderson-torres/
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