A Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) e o Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa) do Rio Grande do Sul renovaram por dois anos um acordo firmado em 2019 com a Universidade da Carolina do Norte (EUA) para análises da movimentação de rebanhos gaúchos. Essa parceria internacional também proporciona desde o ano passado a projeção de cenários ligados à febre aftosa.
O governo do Estado pode assim simular virtualmente uma situação de emergência sanitária por causa de eventual pandemia da doença, por exemplo. “Ou então traçar estratégias para maior controle e atuação preventiva das equipes de fiscalização da Seapi”, conforme ressalta o diretor-adjunto do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal do órgão, Francisco Lopes.
Titular da pasta, Giovani Feltes chama a atenção o aspecto inédito dessa cooperação técnica no Estado. Ele também salienta os ganhos de planejamento: “Trata-se de uma forma de prevenir adversidades que podem ocorrer no futuro. Buscando conhecimento e técnicas adequadas, é possível melhorar em agilidade e inteligência”.
O modelo matemático elaborado por professores da universidade norte-americana tem por base métodos de transmissão entre bovinos, suínos e pequenos ruminantes, seja por contato direto ou disseminação pelo ar. Igualmente são considerados dados reais de movimentação do gado no Rio Grande do Sul e os quase 300 mil cadastros de propriedades com atividade pecuária mapeadas por georreferenciamento.
Com a manutenção da parceria, será ampliada a abrangência desses trabalhos. Uma das novidades é a integração a outro convênio já existente com a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), que desenvolveu a Plataforma de Defesa Sanitária Animal (PDSA), permitindo a redução dos custos com a informatização dos processos. O investimento nesta nova etapa será de R$ 800 mil.
(Marcello Campos)