Um vereador do município de Novo Hamburgo foi condenado com outros acusados nesta semana em primeira instância, pela prática dos crimes de integrar organização criminosa e de lavagem de dinheiro por 14 vezes.
Os criminosos foram alvo de ação penal que se iniciou a partir de operação conjunta entre o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco – Núcleo Lavagem de Dinheiro) e a Delegacia de Polícia de Repressão ao Crime de Lavagem de Dinheiro do Denarc. A operação identificou vínculo entre os réus com alto escalão de uma das maiores organizações criminosas do estado voltada, especialmente, ao tráfico de drogas e de armas.
O agente político foi condenado a uma pena de 16 anos de reclusão, em regime inicialmente fechado, e à interdição para o exercício de cargo ou função pública por oito anos, assim como foi decretada a perda do cargo ou função pública. Os demais réus foram condenados a penas que, somadas, chegam a 32 anos e 2 meses de reclusão, além da pena de multa. Ainda, foi determinado o perdimento de todos os bens – móveis e imóveis -, além de valores, constritos na ação penal.
Condutas suspeitas em escolas
O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) fez uma nova reunião para compartilhar informações e alinhar a atuação dos promotores de Justiça no que se refere à segurança nas escolas. A Administração Superior debateu, de forma híbrida, com mais de 130 promotores de todo o Estado medidas preventivas e, entre outras ações, criou um canal interno de comunicação para centralizar relatos de condutas suspeitas nas escolas e abastecer o Núcleo de Inteligência do MPRS (Nimp) com essas informações.
O procurador-geral de Justiça, Marcelo Lemos Dornelles, ressaltou que essa preocupação da instituição não é nova, mas as reuniões nos últimos dias foram importantes considerando os acontecimentos recentes. “Estamos atentos e à disposição das autoridades de cada município para colaborar no enfrentamento da violência. Importante que informações sobre anormalidades relacionadas a violência, a planejamento de ataques, a ameaças que circulam no ambiente escolar, na comunidade e nas rodas de conversas cheguem às autoridades responsáveis”, destacou o PGJ.
Além de Dornelles, participaram presencialmente da reunião as subprocuradoras-gerais de Justiça para Assuntos Jurídicos, Angela Salton Rotunno, e de Gestão Estratégica, Caroline Vaz; o secretário-geral do MP, Ricardo Schinestsck; os coordenadores dos Centros de Apoio Operacional da Infância, Juventude, Educação, Família e Sucessões, Luciana Casarotto, e Criminal e de Segurança Pública, Rodrigo Brandalise; o coordenador do Nimp, Reginaldo Freitas da Silva, e o promotor-assessor da Subprocuradoria-Geral de Justiça para Assuntos Institucionais, Fernando Sgarbossa.