O presidente Luiz Inácio Lula da Silva entrou na lista de 2023 das cem pessoas mais influentes da revista “Time”, divulgada nesta quinta-feira (13).
Também estão na seleção os presidentes dos Estados Unidos, Joe Biden, da Colômbia, Gustavo Petro, o chanceler alemão, Olaf Scholz, e a esposa do presidente da Ucrânia, Olena Zelensky.
Anualmente, a publicação escolhe personalidades mundiais de diversos setores – político, cultural, do ativismo e da tecnologia – que se destacaram de alguma forma ao longo do ano, seja positiva ou negativamente.
O jornalista norte-americano Evan Gershkovich, correspondente do “The Wall Street Journal” na Rússia e que foi preso este mês pelo serviço de segurança russo acusado de espionagem.
Na justificativa para a escolha de Lula, a revista aponta para a questão da Amazônia. Em um texto assinado pelo ex-vice-presidente dos EUA Al Gore – cada personalidade escolhia na lista é da Time descrita em um texto por outra personalidade – aponta que o presidente brasileiro está em sintonia com o “florescimento” da ação climática neste ano “e será “fundamental nesta década decisiva” para o clima.
Gore, que também é ativista ambiental, chamou Lula de “campeão do clima”. “Lula prometeu fortalecer a posição do Brasil no mundo (…). Mas em nenhuma outra área ele pode causar um impacto mais significativo do que nas crises gêmeas do clima e da biodiversidade”, diz o texto.
“Depois de muitos anos de crescente desmatamento e incêndios florestais, a Amazônia está se transformando de um sumidouro de carbono em uma fonte líquida de emissões. O presidente Lula prometeu proteger a Amazônia, e já o fez antes – reduzindo o desmatamento em 72% em seu mandato anterior”.
Em 2011, a ex-presidente Dilma Rousseff entrou na lista da Time dos cem mais influentes naquele ano. O ex-presidente Jair Bolsonaro já foi eleito a personalidade do ano em 2021 pela revista, que o chamou de “líder controverso”. “Recentemente, Bolsonaro esteve na mira do suprema corte brasileira que ordenou uma investigação sobre comentários falsos alegando ligação entre a vacina contra a Covid-19 e a Aids”, escreveu a “Time”, à época.